O australiano e supremacista branco de 29 anos acusado de ser o autor do ataque que matou 51 pessoas em duas mesquitas na cidade de Christchurch, Nova Zelândia, em março do ano passado, se declarou culpado de todas as acusações contra ele em uma audiência realizada nesta quarta-feira (25). O acusado, que participou dos procedimentos por meio de vídeoconferência devido à quarentena que o país vive por causa do surto de coronavírus, assumiu a culpa por 51 acusações de assassinato, 40 tentativas de homicídio e uma acusação de ato terrorista. A audiência aconteceu em uma sala praticamente vazia, com apenas um representante das famílias das vítimas. O juiz responsável pelo caso lamentou que as medidas de isolamento social causadas pela covid-19 tenham impedido os parentes das vítimas de verem o acusado assumindo a culpa. Com a mudança de atitude do acusado, que inicialmente se declarava inocente, resta apenas uma etapa no julgamento: o juiz irá anunciar a sentença em uma data que ainda não foi definida. Em 15 de março de 2019, o australiano, que tinha ligações com movimentos supremacistas brancos, entrou atirando em duas mesquitas na cidade de Christchurch e transmitiu o ataque ao vivo pelo Facebook. Naquele dia, 51 pessoas perderam a vida e outras 49 ficaram feridas. O estrago só não foi maior porque alguns frequentadores das mesquitas chegaram a enfrentar o atirador e a polícia chegou antes que ele matasse mais pessoas. O atentado causou uma imensa repercussão na Nova Zelândia, que não tinha histórico de ataques semelhantes. Nos dias seguintes, a primeira-ministra Jacintha Ardern aprovou um projeto de lei proibindo a venda de armas semiautomáticas, como os rifles utilizados no tiroteio. Até hoje, não houve mais ataques do tipo.Veja imagens da homenagem de um ano às vítimas
