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Biden afirma que Putin 'já perdeu a guerra' com a Ucrânia

Para o presidente dos EUA, derrota do chefe de Estado russo será associada à falta de recursos militares e a dificuldades financeiras

Internacional|Do R7


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursa em uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente da Finlândia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursa em uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente da Finlândia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (13) que o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, "já perdeu a guerra" na Ucrânia, e a atual contraofensiva ucraniana para reconquistar territórios tomados pela Rússia em quase 17 meses de guerra o forçará a negociar.

Putin "poderia acabar com a guerra amanhã, só teria que dizer: 'Eu paro'", afirmou Biden durante uma visita à Finlândia para comemorar a recente adesão à Otan do país nórdico, que faz fronteira com a Rússia.

"Mas não há chance de [Putin] vencer a guerra na Ucrânia (...). Ele já perdeu", devido à falta de recursos militares e a dificuldades econômicas da Rússia, continuou.

Apesar do lento avanço da contraofensiva ucraniana no leste e no sul, o presidente americano disse estar convencido de que Moscou acabará solicitando negociações.


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"Minha esperança e expectativa é que a Ucrânia faça progressos significativos em sua ofensiva e que isso leve a uma solução negociada em algum momento", afirmou.

Biden reiterou a promessa de que a Ucrânia acabará se juntando à Otan, apesar da frustração da ex-república soviética por não ter conseguido um cronograma de adesão durante a cúpula da Aliança Transatlântica desta semana, na Lituânia.


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"Não é uma questão de saber se [os ucranianos] vão aderir à Otan, mas de saber quando poderão aderir, e eles vão aderir", disse.

Putin alertou logo depois que a eventual adesão "não melhorará a segurança da Ucrânia. De maneira geral, tornará o mundo mais vulnerável e causará tensões adicionais no cenário internacional".

A Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, citando, entre outras razões, a necessidade de impedir que a ex-república soviética um dia se juntasse à aliança de defesa transatlântica liderada pelos Estados Unidos.

Mais armas

Na cúpula da Otan, a Ucrânia obteve promessas de maior apoio militar das potências ocidentais.

Um apoio que Putin minimizou.

Os mísseis ocidentais "causam danos, mas nada crítico acontece nas zonas de combate onde foram usados. É também o caso dos tanques de fabricação estrangeira", disse ele em entrevista transmitida pela televisão estatal russa.

Um general ucraniano anunciou que as Forças Armadas já receberam bombas de fragmentação, um tipo de arma altamente polêmica, prometidas pelos Estados Unidos.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, alertou sobre o fato de que o uso dessas armas, que espalham submunições por um vasto terreno, forçaria a Rússia a "tomar certas contramedidas", que serão decididas por suas Forças Armadas.

Após o fim da cúpula da Otan, a Rússia lançou uma série de ataques aéreos contra a Ucrânia, que alegou ter destruído 20 drones explosivos e dois mísseis de cruzeiro russos.

Os bombardeios noturnos deixaram pelo menos quatro pessoas feridas em Kiev, segundo as autoridades.

Ameaça nuclear

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, revelou que a entrega de caças F-16 ocidentais, que Kiev considera necessários para atacar depois da linha de frente russa, seria considerada uma ameaça "nuclear", já que esses aparelhos são capazes de transportar armas atômicas.

No entanto, segundo Biden, não há "nenhuma perspectiva real (...) de Putin usar armas nucleares", já que "não só o Ocidente, mas também a China e o restante do mundo disseram: 'Não entrem nesse terreno'" .

Biden chegou à Finlândia na quarta-feira para fechar a viagem europeia, que começou em Londres, no domingo.

A Finlândia deixou para trás décadas de neutralidade e em abril tornou-se o 31º membro da Otan.

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