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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, completa um ano no cargo nesta quinta-feira (20). Após 365 dias, o mandatário americano lidou com desentendimentos esperados — com a China e a Rússia, por exemplo —, a retirada das tropas do Afeganistão e uma enorme crise migratória latina. O R7 separou nesta galeria alguns dos principais pontos da política externa do governo Biden no primeiro ano de mandato
Saul Loeb/EFE/EPA - 20.01.2021
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Em março, poucos dias antes de completar dois meses de mandato, Biden foi alertado pela irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un para 'não causar problema' se os Estados Unidos quisessem paz. Desde que tomou posse, a equipe de governo do presidente americano estabeleceu o projeto de armas nucleares da Coreia do Norte como 'prioridade urgente'
KCNA via Reuters - 6.3.2021
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Os norte-coreanos, por sua vez, iniciaram uma escalada militar e realizaram uma série de testes com mísseis intercontinentais, hipersônicos e até projéteis que podem ser disparados de trem (foto). A apresentação bélica continuou em 2022, quando a Coreia do Norte divulgou novos testes com armas em janeiro
KCNA via Reuters - 16.09.2021
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Em resposta, os Estados Unidos impuseram em 12 de janeiro sanções financeiras a cinco norte-coreanos vinculados ao programa de mísseis balísticos do país. O Departamento do Tesouro disse que as cinco pessoas que sofreram sanções são 'responsáveis por adquirir bens para os programas de armas de destruição em massa [da Coreia do Norte] e relacionados com mísseis balísticos'
KCNA via AFP - 12.1.2022
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Outra velha desavença dos Estados Unidos no Oriente, a China intensificou com os americanos a briga mundial pela distribuição da tecnologia 5G. A cúpula de Biden tentou fazer um lobby global para que países, como o Brasil, e blocos econômicos, como a União Europeia, não utilizassem a estruturação de redes fornecidas pela empresa chinesa Huawei
Noel Celis/AFP - 11.11.2021
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As tensões cresceram durante o ano de 2021 entre os dois países após o debate sobre Taiwan voltar a público. Enquanto o presidente da China, Xi Jinping, mantém o discurso de que é preciso reunificar o país — isto é, reanexar Taiwan —, Biden e os Estados Unidos afirmam que defenderão a soberania da pequena ilha asiática
Aly Song / Reuters - 14.04.2021
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De acordo com o general Mark Milley, os chineses ainda teriam testado misseis hipersônicos em 2021, assim como os norte-coreanos. O militar classificou o evento de 'muito preocupante', uma demonstração de tecnologia bélica chinesa nunca antes vista
Pool/Getty Images North Aammerica/Getty Images via AFP - 28.9.2021
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Apesar da rivalidade histórica entre russos e americanos, Biden e Vladimir Putin se encontraram em julho, em Genebra, na Suíça, em uma cúpula para estabelecer limites entre os países, nas palavras do presidente dos Estados Unidos. O mandatário russo saiu do encontro dizendo que a reunião foi 'produtiva', mas a relação entre as nações se enfraqueceu no decorrer do ano
Kevin Lamarque/Reuters - 16.6.2021
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O aumento de tropas russas na fronteira com a Ucrânia fez com que os Estados Unidos e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se posicionassem contra as ações de Putin nesse impasse territorial que acontece há quase uma década. Após meses de trocas de farpas pela imprensa, os dois presidentes se reuniram virtualmente e fizeram exigências relacionadas ao imbróglio, em dezembro
Casa Branca / Divulgação via AFP - 7.12.2021
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Na segunda semana de 2022, diplomatas russos e americanos se encontraram para iniciar um diálogo sobre a situação na Ucrânia. O vice-ministro das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, afirmou que o assunto 'foi difícil', mostrando que uma solução em comum ainda pode estar longe
Denis Balibouse/Reuters - 10.01.2022
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Em meados de 2021, Biden ordenou a retirada das tropas americanas do Afeganistão após 20 anos de guerra. O que o mandatário dos Estados Unidos não esperava é que o grupo Talibã recuperasse o poder do país ainda em agosto, culminando com a fuga do presidente Ashraf Ghani. Milhares de estrangeiros e afegãos se reuniram no aeroporto de Cabul no dias seguintes durante a retirada de mais de 120 mil pessoas
AFP
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A retomada do país foi comemorada pelos talibãs, que após 20 anos tiveram novamente o controle do Afeganistão. 'Felicitações ao Afeganistão [...] Esta vitória pertence a todos nós', declarou Zabihullah Mujahid, porta-voz dos islamitas, no aeroporto de Cabul
Aamir QURESHI / AFP - 2.9.2021
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Duramente criticado pelo que seria considerado por muitos uma retirada confusa, Biden declarou que não havia como evacuar os funcionários americanos e outros afegãos antes. Para o presidente, a retirada de mais de 120 mil pessoas foi algo histórico e deu fim à guerra de mais de 20 anos
Carlos Barría / Reuters - 31.8.2021
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No dia 31 de agosto, o último soldado americano deixou o aeroporto de Cabul, dando fim a um conflito que terminou como começou: com o Talibã comandando o Afeganistão. Nas semanas após a retirada, a popularidade e os índices de aprovação do governo Biden despencaram em pesquisas realizadas nos Estados Unidos
Reuters
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Enquanto as tropas americanas deixavam o Afeganistão, milhares de latino-americanos — em sua maioria haitianos — marchavam em direção à fronteira do México com os Estados Unidos. As imagens de migrantes sendo agredidos por patrulheiros americanos fez a popularidade de Biden cair ainda mais, obrigando o presidente a vir a público para pedir desculpa
PAUL RATJE / AFP
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'Haverá consequências', prometeu o presidente americano, reconhecendo que as agressões dos patrulheiros na fronteira do Texas foram uma 'vergonha'. 'Simplesmente não é quem somos', disse Biden, para quem essas imagens enviam uma mensagem 'errada' ao mundo e ao país
Jonathan Ernst / Reuters - 26.8.2021
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Apesar do discurso de Biden, cerca de 7.500 migrantes haitianos foram deportados dos Estados Unidos para o Haiti em um intervalo de 18 dias entre o fim de setembro e o início de outubro
Paul Ratje/AFP - 20.9.2021
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Enquanto Biden precisava lidar com a crise migratória e o pós-Afeganistão, um novo imbróglio político surgia, mas dessa vez com um dos maiores aliados do país — a França. Um grupo formado por americanos e britânicos forneceu submarinos à Austrália, desmanchando um acordo militar prévio que os franceses haviam feito com os australianos
Andrew Harnik/Pool/AFP - 16.9.2021
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A situação fez o presidente da França, Emmanuel Macron, pedir o retorno imediato do embaixador francês nos Estados Unidos e exigir explicações de Biden sobre o ocorrido. A situação também incomodou representantes da União Europeia, ressaltando que a atitude americana dificultou a relação do bloco com o país
GONZALO FUENTES / POOL / AFP
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Em outubro, no primeiro encontro pessoal entre os presidentes, Biden tratou de amenizar a situação e afirmou que os Estados Unidos foram 'desajeitados' na negociação secreta com a Austrália. Macron, seguindo a política de boa vizinhança, falou sobre virar a página e destacou que o importante é o que os países farão de agora em diante
Kevin Lamarque/Reuters - 29.10.2021
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Durante a abertura da COP26 — cúpula para assuntos climáticos da ONU —, Biden afirmou que os Estados Unidos cortarão emissões de gases do efeito estufa, fazendo 'o que for necessário'. O presidente destacou que os países precisam agir em conjunto para alcançar as metas traçadas no Acordo de Paris
Reprodução: YouTube
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Ainda na abertura da COP26, Biden cometeu uma gafe ao dormir durante um discurso no auditório principal do evento. O presidente foi acordado por um dos assessores americanos após ficar mais de um minuto cochilando
Reprodução Twitter/Zach Purser Brown
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Nos dias seguintes ao evento, a China chegou a um acordo com os Estados Unidos para 'fortalecer a ação climática', disse o enviado especial chinês para o clima, Xie Zhenhua. 'Ambas as partes reconhecem que há uma lacuna entre os esforços atuais e os objetivos do Acordo de Paris, por isso vamos reforçar em conjunto a ação climática'
Jeff J Mitchell / POOL / AFP
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Em dezembro, o governo Biden organizou uma cúpula com 110 países, incluindo o Brasil, para discutir a democracia pelo mundo. O presidente dos Estados Unidos deixou de fora China e Rússia, mas incluiu Taiwan, ilha que o governo chinês considera parte de seu território. Na América Latina e no Caribe foram excluídos os governos de oito países: Nicarágua, Cuba, Bolívia, El Salvador, Honduras, Guatemala, Haiti e Venezuela
Reprodução/The Summit for Democracy