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Biden vai a Atlanta após violência contra comunidade asiática

Em massacre que chocou os EUA na terça-feira (16), homem branco de 21 anos matou oito pessoas, seis delas de origem asiática

Internacional|Da AFP

Biden se reunirá com representantes da comunidade asiática e das ilhas do Pacífico
Biden se reunirá com representantes da comunidade asiática e das ilhas do Pacífico Biden se reunirá com representantes da comunidade asiática e das ilhas do Pacífico

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viaja nesta sexta-feira (19) a Atlanta — cidade que vive o luto após tiroteios contra três spas de massagem esta semana — para denunciar o aumento da violência contra a comunidade asiática em todo o país.

A visita a cidade foi, à princípio, planejada como uma ida com foco na pandemia e no plano de estímulo econômico aprovado pelo Congresso, mas o massacre que chocou os Estados Unidos na terça-feira (16) alterou a agenda.

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Biden viajará acompanhado da vice-presidente Kamala Harris, que se reunirá com representantes da comunidade asiática e das ilhas do Pacífico à tarde e fará um discurso na Emory University.

"Eles se reunirão com legisladores estaduais e representantes da comunidade para ouvir sobre o impacto do incidente na comunidade e ouvir sua perspectiva", explicou a secretária de imprensa do governo Biden, Jen Paski.

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O presidente aproveitará a ocasião para reiterar seu compromisso com o combate à "xenofobia, intolerância e ódio".

Para denunciar a violência contra esta comunidade, Biden ordenou que as bandeiras fossem colocadas a meio mastro até a próxima segunda-feira (22) como homenagem às oito vítimas do massacre, seis delas de origem asiática, mortas por um homem branco de 21 anos.

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Biden reconheceu que independentemente das motivações do autor do tiroteio - que ainda não são claras -, compreende que as pessoas de origem asiática estão preocupadas e que vários incidentes ocorridos nos últimos meses são muito "alarmantes".

Hostilidade crescente

Preso após abrir fogo contra três spas de massagem em Atlanta e seus subúrbios, Robert Aaron Long reconheceu sua autoria e agora enfrenta acusações de assassinato. Quando questionado, no entanto, ele nega qualquer motivação racista e afirma ser viciado em sexo e que procurava erradicar a "tentação".

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"Seus celulares ainda estão sendo investigados, mas ele não parece ter uma motivação racista", declarou o diretor do FBI, Chris Wray, à rádio NPR.

Porém, para a comunidade asiática, muito emocionada com os acontecimentos, este tiroteio faz parte de uma onda de incidentes caracterizados pelo aumento da hostilidade e do racismo em relação a eles desde o início da pandemia.

"A supremacia branca nos mata", ressalta Stephanie Cho, da organização Asiático-Americanos pela Justiça em Atlanta, à AFP.

A associação Stop AAPI Hate (Fim ao ódio contra os americanos de origem asiática e das ilhas do Pacífico) ao longo deste ano registrou mais de 3.800 ameaças e incidentes contra este grupo.

O ex-candidato democrata Andrew Yang pediu ao governo que reconheça a natureza racista desses ataques.

"Eles são atacados por causa de sua raça. Sabemos disso e temos que começar a agir sobre isso", observou em um comício em Nova York.

Yang, um empresário de sucesso, conta que cresceu sob um véu de invisibilidade, tendo sido alvo do ridículo e de desprezo, em um relato no qual, com a voz trêmula, diz que essa hostilidade foi se transformando de forma "mortal, virulenta e odiosa".

Ativistas contra o racismo e democratas culpam o ex-presidente republicano Donald Trump de alimentar o problema por sua retórica sobre a pandemia e pelo uso de expressões como o "vírus chinês" e as constantes referências à cidade chinesa de Wuhan, onde foi detectado pela primeira vez o novo coronavírus.

Em resposta às preocupações, várias grandes cidades como Chicago e Los Angeles se comprometeram a reforçar a presença da polícia em bairros com grande população de origem asiática.

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