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Bocas de urna apontam avanço da direita em eleição na Itália

No entanto, coalizão liderada pelo ex-ministro do Interior Matteo Salvini não deve conquistar a Toscana, histórico bastião da esquerda no país

Internacional|Da Ansa

Matteo Salvini teve agenda intensa na Toscana
Matteo Salvini teve agenda intensa na Toscana Matteo Salvini teve agenda intensa na Toscana

Pesquisas de boca de urna apontam vitórias da coalizão conservadora liderada pelo ex-ministro do Interior Matteo Salvini em pelo menos três das sete regiões que foram às urnas para eleger novos governadores em 20 e 21 de setembro, mas não na Toscana, histórico bastião da esquerda na Itália.

A aliança é capitaneada atualmente pelo partido ultranacionalista Liga e ainda conta com o moderado Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, e a legenda de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), herdeira de antigos movimentos neofascistas.

Segundo as pesquisas de boca de urna, a coalizão conservadora reelegeu os governadores Luca Zaia (Liga), com 72% a 76% dos votos, e Giovanni Toti (Mudemos!, dissidência do FI), com 51% a 55%, no Vêneto e na Ligúria, respectivamente.

Além disso, tirou da centro-esquerda o governo de Marcas, com Francesco Acquaroli (FdI), que aparece com 47% a 51%, contra 34% a 38% de Maurizio Mangialardi. Já na Toscana, a boca de urna coloca Eugenio Giani, do Partido Democrático (PD), com 43,5% a 47,5%, contra 40% a 44% de Susanna Ceccardi (Liga), pupila de Salvini.

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A região é um histórico bastião "vermelho" da Itália e é governada pela centro-esquerda desde sua instituição, em 1970. Contudo, as pesquisas pré-eleição mostravam uma disputa apertada entre Giani e Ceccardi e alimentaram na Liga e em Salvini a esperança de uma inédita vitória na Toscana.

O ex-ministro do Interior promoveu uma intensa agenda de comícios para impulsionar sua candidata e nunca escondeu que a região era o principal palco de batalha nas eleições de 2020.

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Em janeiro, a Liga já havia ficado perto de conquistar a Emilia-Romagna, outra fortaleza da esquerda, mas acabou derrotada pelo governador Stefano Bonaccini (PD), com a ajuda fundamental do movimento das Sardinhas.

Outras duas regiões comandadas pela esquerda foram às urnas em 20 e 21 de setembro: Campânia, onde, segundo a boca de urna, o governador Vincenzo de Luca (PD) deve se reeleger; e Puglia, onde as sondagens mostram um empate entre o governador Michele Emiliano (independente de centro-esquerda) e o eurodeputado Raffaele Fitto (FdI).

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No Vale de Aosta, menor e menos populosa região da Itália, não há eleição direta para governador, mas a boca de urna coloca a Liga na liderança da preferência do eleitorado, com 20% a 24% dos votos, seguida pelo Progresso Cívico Progressista (coalizão que inclui o PD), com 13% a 17%.

A formação do governo no Vale de Aosta, no entanto, dependerá de alianças com os partidos que representam a minoria francesa na região. Todas as pesquisas foram feitas pelo consórcio Opinio Italia, sob encomenda da emissora pública Rai.

Se os resultados se confirmarem, a coalizão conservadora ampliará seu predomínio sobre a esquerda nos últimos anos.

Quando Salvini assumiu o comando da aliança após as eleições legislativas de março de 2018, sociais-democratas governavam 14 das 20 regiões da Itália, número que, pelas pesquisas desta segunda-feira, deve cair para cinco ou quatro, mas podendo chegar a apenas três.

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