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Brasileiros se mobilizam para deixar África do Sul em meio a lockdown

Grupo se articula por apoio após fechamento de fronteiras e cancelamento de voos até 16 de abril. Previsão de companhia área é de voo em 1º de abril

Internacional|Clarice Sá, do R7

Fiscalização na Cidade do Cabo no primeiro dia de lockdown na África do Sul
Fiscalização na Cidade do Cabo no primeiro dia de lockdown na África do Sul

Um grupo de cerca de 250 brasileiros retidos em Joanesburgo, na África do Sul, se articula para tentar voltar ao Brasil em meio ao lockdown, o nível mais rígido controle de circulação, que entrou em vigor no país a partir da meia-noite desta sexta-feira (27) para conter a disseminação do novo coronavírus. As fronteiras foram fechadas e todos os voos domésticos e internacionais, cancelados. A restrição vale até 23h59 do dia 16 de abril.

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O grupo inclui idosos, crianças, pessoas com lesões que precisam voltar ao país para tratamento, pessoas que usam medicação controlada e precisam de reposição de remédio e inclusive o pai de um paciente que está internado com coronavírus no Brasil, conta a empresária Bárbara Braz, de 29 anos.

Bárbara viajou para Joannesburgo a trabalho há dois meses e se preparava para voltar para casa quando foram cancelados todos os voos da companhia aérea Latam Airlines no país entre os dias 22 e 29 de março. Ela e outros cerca de 140 passageiros foram para um hotel que está sendo custeado pela companhia. Em contato com este grupo, há outros 122 brasileiros que estão se mantendo por conta própria em hotéis ou imóveis alugados.

O grupo tem mantido contato com a embaixada e a companhia aérea e alega ter sido informado tanto pela companhia como pela embaixada do Brasil na África do Sul que partiriam em dois vôos previstos para os dias 30 e 31 de março. Os brasileiros ainda não sabem, no entanto, como ocorreria o transporte dos locais onde estão abrigados para o aeroporto, já que não pode haver circulação pelas ruas. "Não podemos nem circular na área comum do hotel. Só temos autorização de ir ao restaurante na hora de alimentação", conta Bárbara.


A Latam informou que obteve autorização para voar a partir de Joanesburgo no dia 1º de abril e que está em contato com os passageiros para passar as informações necessárias.

De acordo com a embaixada brasileira na África do Sul, cerca de 500 brasileiros entraram em contato, mas o número não corresponde necessariamente ao total no país. Pouco menos de cem estão na Cidade do Cabo ou cidades próximas e os demais se concentram em Joanesburgo ou Pretória, com raras exceções.


Embaixada

A embaixada brasileira na África do Sul afirma que está em contato constante com a Latam para realizar os voos necessários, que está tomando as providências necessárias para providenciar o transfer para o aeroporto, e que o governo sulafricano tem sinalizado positivamente sobre a permissão para a realização de voos. As datas, segundo o órgão, dependem da companhia aérea. 

A orientação aos brasileiros que ainda não acionaram a embaixada é que entrem em contato pelo e-mail consular.pretoria@itamaraty.gov.br ou pelo telefone +27 (82) 653-6468. A embaixada disponibiliza informações sobre o lockdown e um formulário que deve ser preenchido por quem pretende deixar o país em sua página na internet.


Companhia aérea

Em nota, a Latam informou que trabalha com autoridades de diversos países para trazer passageiros de volta ao Brasil. A companhia afirma que "mesmo diante dessa situação alheia à sua vontade, entre 19 de março e 24 de março, o Grupo LATAM operou cerca de 60 voos especiais e repatriou mais 10 mil pessoas provenientes de diversas partes do mundo. Em paralelo, no mesmo período, a companhia realizou 3.348 voos regulares, transportando 329.769 passageiros". Foram repatriados passageiros que estavam em Cusco, Lima, Londres, Jamaica, Portugal, Punta Cana, Israel e Santiago.

Contágio e mortes

O primeiro caso de covid-19 na África do Sul foi confirmado no dia 5 de março. Até o início da tarde desta sexta-feira, (27), 927 casos foram confirmados. Doze pessoas se recuperaram. Duas pessoas morreram. Em todo o mundo, há 566.269 casos confirmados da doença, com 25.423 mortes confirmadas e 127.768 pacientes recuperados.

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