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'Nossos caminhões estão carregados e prontos para partir rumo a Gaza', diz chefe da OMS

A expectativa é que a fronteira com o Egito seja reaberta nesta sexta-feira para a entrada de água, alimentos e remédios

Internacional|Do R7

Cerca de 150 caminhões com ajuda humanitária aguardam para entrar em Gaza
Cerca de 150 caminhões com ajuda humanitária aguardam para entrar em Gaza AMR ABDALLAH DALSH/REUTERS

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, confirmou nesta quinta-feira (19) a expectativa de que a fronteira do Egito com a Faixa de Gaza seja reaberta nesta sexta (20) para a entrada de suprimentos de ajuda humanitária à população civil daquele local.

Serão os primeiros carregamentos a acessar o enclave palestino desde o início da guerra entre Israel e os terroristas do Hamas, que controlam o território.

"Nossos caminhões estão carregados e prontos para partir rumo a Gaza. Estamos trabalhando com a Cruz Vermelha egípcia e a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino para entregar nossos suprimentos assim que a passagem de Rafah for aberta, com sorte amanhã", afirmou o chefe da OMS em uma entrevista coletiva.

Ghebreyesus fez um pedido adicional ao governo israelense, que limitou o acesso somente de água, alimentos e remédios. 


"Instamos Israel a acrescentar combustível aos suprimentos de salvamento permitidos para entrar. [...] Combustível também é necessário para os geradores de hospitais, para ambulâncias e para usinas de dessalinização [de água]", enfatizou. 

Aproximadamente 150 caminhões estão do lado egípcio. Eles levam a ajuda que chega por via aérea no aeroporto de Al Arish, a capital da província egípcia do Norte do Sinai, a quase 40 quilômetros de Rafah.


O acordo para a reabertura da passagem de Rafah foi costurado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi. 

Inicialmente, ficou combinado que 20 caminhões por dia seriam permitidos. A OMS, porém, alega que esse número é insuficiente para suprir as necessidades da população. 


Milhares de moradores da região norte da Faixa de Gaza se deslocaram para o sul nos últimos dias, após um aviso de Israel. 

Com o avanço do conflito, Israel cortou, há uma semana, o fornecimento de água, energia e combustível ao território palestino. 

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