Cão farejador de minas posa em traje ucraniano para marcar Dia da Independência

Conta do animal no Twitter publicou que a Rússia 'nunca' ocupará o país; Patron ganhou fama ao detectar mais de 200 bombas

Internacional|Maria Cunha*, do R7

24/08/2022 - 14h59 (Atualizado em 20/04/2024 - 05h37)

O cão farejador de minas Patron, considerado o herói da Ucrânia, enviou uma mensagem a Vladimir Putin, nesta quarta-feira (24), ao posar com roupa especial para marcar o Dia da Independência do país.

O cão da raça jack russell de 2 anos, premiado com uma medalha de bravura pelo presidente ucraniano Volodmir Zelenski, foi fotografado vestido com um traje típico ucraniano bordado e personalizado, conhecido como Vyshyvanka, enquanto posava em frente à bandeira da Ucrânia.

A conta do cão no Twitter publicou que a Rússia "nunca" ocupará a Ucrânia novamente em um post para marcar o 31º aniversário do país, que deixou a União Soviética e conquistou a independência.

“Meu país é independente há 31 anos. Novamente. O mundo inteiro reconheceu isso, e até mesmo aqueles que agora querem nos escravizar”, dizia o post.

‌

“Na foto, mostro a eles que não conseguirão nos ocupar. Nunca mais. Feliz Dia da Independência, minha Ucrânia. Amo vocês."

Leia também

Patron, que tem mais de 44 mil seguidores no Twitter e 341 mil no Instagram, ganhou fama quando o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia postou um vídeo de sua mascote trabalhando na cidade de Chernihiv, que foi devastada pela guerra, para remover explosivos.

‌

O animal foi originalmente comprado para aparecer em exposições de cães de pedigree, mas detectou mais de 200 minas terrestres russas mortais e bombas não detonadas.

O Dia da Independência da Ucrânia, 24 de agosto, cai exatamente na data em que a guerra com a Rússia completa seis meses.

‌

As comemorações foram silenciadas, com reuniões públicas proibidas em Kiev, onde tanques destruídos do Kremlin foram exibidos ao público, e um toque de recolher está em vigor na cidade de Kharkiv, na linha de frente do leste.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques

Rússia bombardeia Kharkiv, antes de reunião entre Chefe da Onu, Zelenski e Erdogan

A invasão da Ucrânia pela Rússia completa um ano nesta sexta-feira (24). O conflito segue sem perspectivas de um cessar-fogo, sendo o mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Relembre alguns dos acontecimentos mais marcantes do período

*Estagiária do R7, sob supervisão de Lucas Ferreira

Em abril, as tropas russas conseguiram conquistar a cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, grande ponto estratégico da ofensiva russa. Um dos casos que mais causaram comoção mundial durante a guerra foi o ataque ao hospital infantil e maternidade da cidade. Pelo menos três pessoas morreram no bombardeio, incluindo uma criança e uma grávida, e 17 ficaram feridas. Além disso, uma mulher em trabalho de parto no momento do incidente precisou ser retirada do local às pressas

Em abril, um massacre em Bucha, a noroeste de Kiev, provocou comoção mundial. As fotos de cadáveres amarrados com as mãos para trás, o que caracterizaria execuções por parte dos militares russos, se espalharam pelas redes sociais. Grande parte dos corpos que estavam pelas ruas da cidade não foi identificada e muitos ainda foram enterrados em valas coletivas. As autoridades ucranianas contabilizaram pelo menos 410 civis assassinados

"Donets está acostumado com as exigências imprevisíveis [de
Zelenski], conta Iuliia Mendel, ex-secretária de imprensa de Zelenski, segundo
reportagem do Daily Star. "Então, para Donets é sempre um desafio. Ele lida bem com
isso, e isso mostra que ele é realmente dedicado e muito profissional"

No Dia das Mães, em 8 de maio, Jill Biden visitou a Ucrânia, onde se encontrou com a primeira-dama da antiga república soviética, Olena Zelenska. No país, ambas visitaram escolas e Jill Biden entregou um buquê de flores a Zelenska, depois de um longo abraço entre as duas

Outro momento marcante foi quando a usina siderúrgica de Azovstal, o último reduto de resistência ucraniana em Mariupol, foi tomada. Mais de 2.500 combatentes do Exército da Ucrânia e do Batalhão de Azov tiveram que se render após semanas sitiados na fábrica. No entanto, só em maio houve a rendição do último bastião de resistência, quando 250 combatentes deixaram o local e viraram prisioneiros de guerra

Em maio, houve uma rendição na qual mais de 250 combatentes deixaram Azovstal e viraram prisioneiros de guerra

Durante os últimos seis meses, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski discursou diversas vezes sobre o conflito, conversou com líderes mundiais, pediu apoio à Ucrânia e fez apelos por ajuda militar. Um dos últimos alertas foi em relação ao risco de ataques russos em atos do Dia da Independência do país, que também ocorre nesta quinta-feira (24)

Refugiados ucranianos chegam a um centro de registro de deslocados em meio à invasão russa

A invasão da Ucrânia pela Rússia completa seis meses nesta quarta-feira (24). O conflito segue sem perspectivas de um cessar-fogo, sendo o mais grave na Europa desde a 2ª Guerra Mundial, e já deixou quase 9.000 soldados ucranianos mortos e milhões de refugiados. Relembre alguns dos acontecimentos mais marcantes do conflito desde 24 de fevereiro *Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques