Casal encontra lápide romana de quase 2.000 anos no quintal de casa nos EUA; entenda como
Peça de mármore pertencia a um soldado do Império Romano e estava desaparecida desde a Segunda Guerra Mundial
Internacional|Do R7
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Um casal de Nova Orleans, nos Estados Unidos, encontrou no quintal de casa uma lápide de um soldado do Império Romano, de quase 2.000 anos, que estava desaparecida desde a Segunda Guerra Mundial.
A descoberta foi feita no início deste ano por Daniella Santoro, antropóloga da Universidade Tulane, e seu marido, Aaron Lorenz, enquanto limpavam o quintal da residência, no bairro histórico de Carrollton.
Sob a vegetação, eles encontraram uma pedra de cerca de 30 centímetros com uma inscrição em latim. Inicialmente, o casal pensou que poderia haver um antigo cemitério no local – algo comum na cidade, segundo o Centro de Recursos de Preservação de Nova Orleans (PRC).
Mas, após análises de especialistas, a inscrição revelou uma origem muito mais distante: a pedra era uma lápide romana do século 2, pertencente a um marinheiro chamado Sextus Congenius Verus.
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Soldado romano
De acordo com especialistas consultados pela revista científica Smithsonian Magazine, a inscrição diz: “Por Sexto Congênio Vero, soldado da frota pretoriana Misenense, da tribo dos Bessi, que viveu 42 anos e serviu 22 na guerra, na trirreme Asclépio. Atilius Carus e Vettius Longinus, seus herdeiros, fizeram (isso) para ele, com grande merecimento”.
O texto foi traduzido e confirmado por Susann Lusnia, professora de estudos clássicos da Universidade Tulane, e por Harald Stadler, arqueólogo da Universidade de Innsbruck, na Áustria.
Eles identificaram que o soldado havia servido por mais de duas décadas em um trirreme – um navio de guerra movido a remos – chamado Asclepius, nome inspirado na mitologia greco-romana.
Os registros apontam que Sexto Congênio Vero era originário da Trácia, região que hoje abrange partes da Bulgária, Grécia e Turquia.
Lápide desaparecida desde a Segunda Guerra
Pesquisadores descobriram que a peça correspondia exatamente a uma inscrição registrada no Museu Arqueológico Nacional de Civitavecchia, cidade portuária a 60 km de Roma, na Itália. A lápide havia sido encontrada em 1864, em uma necrópole romana de marinheiros, e estava documentada em catálogos desde o início do século 20.
Segundo o jornal The New York Times, o museu e seu acervo foram destruídos durante bombardeios aliados na Segunda Guerra Mundial, e a peça foi considerada perdida por décadas.
A diretora do museu, Lara Anniboletti, disse que a coleção original reunia inscrições funerárias de marinheiros romanos recrutados em diversas regiões do império. “Essas peças documentam a vida cotidiana de dois mil anos atrás. Esperamos agora expor a lápide recuperada ao público novamente”, contou ao jornal.
Como a pedra foi parar nos EUA?
As investigações revelaram que a lápide foi trazida aos EUA por Charles Paddock Jr., um veterano da Segunda Guerra Mundial que serviu na Itália. Décadas depois, a neta dele, Erin Scott O’Brien, herdou o artefato e o usou como decoração de jardim em sua casa em Nova Orleans, a partir de 2003.
Santoro e Lorenz se mudaram para o imóvel em 2018, Quando encontraram a pedra esquecida entre o mato, começaram a investigar a origem do artefato. Após confirmação da autenticidade, feita pelo FBI, deu-se início ao processo de repatriação da peça.
De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), a lápide agora será restaurada e devolvida ao Museu Arqueológico Nacional de Civitavecchia, onde voltará a integrar o acervo histórico romano.
Perguntas e Respostas
O que foi encontrado por um casal em Nova Orleans?
Um casal de Nova Orleans encontrou uma lápide de um soldado do Império Romano, com quase 2.000 anos, em seu quintal. A peça estava desaparecida desde a Segunda Guerra Mundial.
Quem são os responsáveis pela descoberta?
A descoberta foi feita por Daniella Santoro, antropóloga da Universidade Tulane, e seu marido, Aaron Lorenz, enquanto limpavam o quintal de sua residência no bairro histórico de Carrollton.
Como a lápide foi identificada?
O casal encontrou uma pedra de cerca de 30 centímetros com uma inscrição em latim. Inicialmente, pensaram que poderia haver um antigo cemitério no local. Após análises de especialistas, a inscrição revelou que a pedra era uma lápide romana do século 2, pertencente a um marinheiro chamado Sextus Congenius Verus.
O que diz a inscrição da lápide?
A inscrição menciona: “Por Sexto Congênio Vero, soldado da frota pretoriana Misenense, da tribo dos Bessi, que viveu 42 anos e serviu 22 na guerra, na trirreme Asclépios. Atilius Carus e Vettius Longinus, seus herdeiros, fizeram (isso) para ele, com grande merecimento”.
Quem confirmou a autenticidade da inscrição?
A autenticidade da inscrição foi confirmada por Susann Lusnia, professora de estudos clássicos da Universidade Tulane, e por Harald Stadler, arqueólogo da Universidade de Innsbruck, na Áustria.
Qual é a origem do soldado mencionado na lápide?
O soldado, Sexto Congênio Vero, era originário da Trácia, região que hoje abrange partes da Bulgária, Grécia e Turquia.
Qual é a história da lápide antes de ser encontrada?
A lápide correspondia a uma inscrição registrada no Museu Arqueológico Nacional de Civitavecchia, na Itália, onde foi encontrada em 1864. O museu e seu acervo foram destruídos durante bombardeios na Segunda Guerra Mundial, e a peça foi considerada perdida por décadas.
O que a diretora do museu disse sobre a coleção original?
A diretora do museu, Lara Anniboletti, afirmou que a coleção original reunia inscrições funerárias de marinheiros romanos e que essas peças documentam a vida cotidiana de dois mil anos atrás. Ela expressou a esperança de expor a lápide recuperada ao público novamente.
Como a lápide foi parar nos EUA?
A lápide foi trazida aos EUA por Charles Paddock Jr., um veterano da Segunda Guerra Mundial que serviu na Itália. Décadas depois, sua neta, Erin Scott O’Brien, herdou o artefato e o usou como decoração de jardim em sua casa em Nova Orleans desde 2003.
O que aconteceu após a descoberta da lápide?
Após encontrar a pedra, Santoro e Lorenz começaram a investigar sua origem. A autenticidade foi confirmada pelo FBI, iniciando o processo de repatriação da peça.
Qual será o destino final da lápide?
A lápide será restaurada e devolvida ao Museu Arqueológico Nacional de Civitavecchia, onde voltará a integrar o acervo histórico romano.
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