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Castillo ficará 18 meses preso em mesmo quartel que Fujimori

Segundo a autoridade carcerária, o ex-presidente, que tentou um autogolpe, ficará detido 'por razões de integridade física' pessoal

Internacional|Do R7

Manifestantes pedem a liberdade de Pedro Castillo
Manifestantes pedem a liberdade de Pedro Castillo

O Inpe (Instituto Nacional Penitenciário) anunciou nesta sexta-feira (16) que o ex-presidente do Peru Pedro Castillo vai cumprir 18 meses de prisão preventiva no presídio de Barbadillo, localizado no mesmo quartel policial em que o também ex-mandatário Alberto Fujimori cumpre uma pena de 25 anos por crimes contra a humanidade.

O órgão informou em comunicado que a decisão de manter Castillo no mesmo local em que ele estava preso temporariamente desde 7 de dezembro foi tomada "por razões de segurança, para proteger sua integridade física pessoal, devido à sua condição de ex-presidente da República".

Além disso, a nota detalha que a Junta Técnica de Classificação do Inpe, formada por uma psicóloga, um advogado e uma assistente social, determinou, em primeiro lugar, que o ex-governante fosse enquadrado "no regime ordinário" de prisão.

“O Instituto Penitenciário Nacional garante a segurança e a integridade física das pessoas privadas de liberdade nos estabelecimentos penitenciários em nível nacional”, completou.


O juiz Juan Carlos Checkley, do Tribunal Supremo de Investigação Preparatória do Peru, decretou na última quinta-feira (15) 18 meses de prisão preventiva para o ex-presidente enquanto ele é investigado pelos crimes de rebelião e formação de quadrilha, pelo autogolpe fracassado de 7 de dezembro.

Dessa forma, o magistrado acatou o pedido formulado pelo Ministério Público que havia considerado que “existe um período processual de fuga” — no qual pesou o fato de que, minutos antes da destituição, Castillo tentou se dirigir à embaixada do México em Lima para pedir asilo.


Castillo será investigado como suposto coautor dos crimes de rebelião e formação de quadrilha, bem como como suposto autor dos crimes de abuso de autoridade e grave perturbação da tranquilidade pública.

A investigação foi descrita como "complexa" pelo Ministério Público e terá a duração de oito meses.


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O ex-presidente foi preso em 7 de dezembro após ter sido destituído pelo Congresso, pouco depois de ter anunciado o seu fechamento, além da formação de um Executivo de emergência, que governaria por decreto, e da reorganização do Judiciário — o que foi descrito pela maior parte da classe política como uma tentativa de golpe.

Após a destituição, Castillo foi substituído pela então vice-presidente, Dina Boluarte, que enfrenta desde o último domingo uma série de protestos e manifestações violentas que deixaram 20 mortos no país até agora.

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