Chefe militar dos EUA visita Bagdá para supervisionar luta contra EI

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o general Martin Dempsey, chegou neste sábado (15) a Bagdá para uma visita não anunciada em razão da luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informou à Agência Efe uma fonte oficial iraquiana.

O objetivo da visita de Dempsey é supervisionar a situação dessa campanha antiterrorista e comprovar como está sendo feita a ajuda americana às forças armadas locais. A fonte explicou que o general vai se reunir com o primeiro-ministro iraquiano, Haidar al Abadi, e vários políticos e militares do país para trocar pontos de visita sobre a guerra contra o EI.

A viagem ocorre em um momento em que Washington está considerando o envio de um "modesto" número de tropas para lutar com as forças iraquianas nas operações de maior complexidade contra o EI, disse ontem o próprio chefe do Estado-Maior Conjunto.

Dempsey afirmou que existem algumas missões específicas que podem requerer a presença de soldados americanos no terreno dada sua dificuldade, como a recuperação da cidade iraquiana de Mossul. O próprio presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na semana passada a intenção de duplicar as tropas dos EUA no Iraque para realizar trabalhos de treinamento e assessoria das forças iraquianas.

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Por sua vez, o secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, disse também ontem que a coalizão internacional contra os extremistas conseguiu progressos, mas reiterou que será "uma longa e difícil luta" que pode levar anos. A coalizão, formada por cerca de 60 países e liderada pelos EUA, já realizou mais de 130 ataques aéreos contra o EI na Síria e no Iraque desde o início de suas operações, em setembro.

O EI lançou em junho uma ofensiva relâmpago no Iraque, onde tomou o controle de amplas regiões do norte e do centro, e proclamou no final daquele mesmo mês um califado que abrange partes dos territórios iraquiano e sírio sob seu domínio.