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Chile decreta toque de recolher em Santiago, Concepción e Valparaíso

Em meio à onda de protestos no país, presidente Sebastián Piñera anunciou o cancelamento do reajuste até chegar a um acordo com os cidadãos

Internacional|EFE

Instalações do metrô de Santigo incendiadas em meio à onda de protestos no país
Instalações do metrô de Santigo incendiadas em meio à onda de protestos no país Instalações do metrô de Santigo incendiadas em meio à onda de protestos no país

O chefe de Defesa Nacional do Chile, major-general Javier Iturriaga del Campo, responsável pela segurança durante o estado de emergência decretado em Santiago, no Chile, e em algumas comunas periféricas da capital, decretou neste sábado (19) o toque de recolher na região pela persistência dos protestos.

Segundo o jornal La Tercera, o toque de recolher também deverá ser aplicado na Provincia de Concepción, no sudoeste do Chile e em Valparaíso, cidade litorânea, próxima a Santiago. Nesta última, a ordem deverá cumprida a partir das 00h e durará até às 07h deste domingo.

"Tendo analisado a situação e os excessos que ocorreram hoje e levando em conta a obrigação legal que temos de proteger as pessoas e suas propriedades, tomei a decisão de decretar a suspensão da liberdade de movimento pessoal por meio de um toque de recolher total", disse o militar.

O toque de recolher será das 22h (hora local) até às 7h (hora local) de amanhã, e será estabelecido nas províncias de Santiago - que abriga a maior parte das comunas da Região Metropolitana (RM) -, província Chacabuco e as comunas de Puente Alto e San Bernardo, todos os setores pertencentes à RM.

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A decisão foi tomada em consequência dos distúrbios, incêndios e saques ocorridos hoje em Santiago, mesmo depois do estado de emergência estabelecido pelo Governo, após os fortes protestos de ontem contra o aumento no preço da passagem do metrô da capital.

Edifícil da Enel

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Mais cedo, um incêndio consumiu andares do prédio onde fica a companhia de energia elétrica do país, a Enel. Segundo os bombeiros, o incêndio já foi controlado, mas atingiu vários andares, contudo, sem feridos. 

Segundo a empresa, o fogo começou após os protestos no centro da cidade.

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O Exército decretou o toque de recolher após o anúncio feito pelo presidente Sebastián Piñera da suspensão do aumento das passagens.

Leia também: Metrô suspende serviços e presidente decreta emergência no Chile

"A restrição de liberdades implica que as pessoas devem permanecer em suas casas e aqueles que exigem, por razões de saúde ou emergência, deixar suas casas, devem solicitar o salvo-conduto correspondente na delegacia mais próxima", explicou Iturriaga.

A situação em Santiago e na periferia da capital chinesa voltou a ficar tensa neste sábado, e os protestos pacíficos da manhã se transformaram em conflitos violentos entre policiais, militares e manifestantes em várias áreas da cidade.

Até o momento, dezenas de estações de metrô de Santiago foram incendiadas, assim como inúmeros ônibus.

Preço da passagem acompanhou alta do dólar e petróleo

Segundo Piñera, o aumento do preço das passagens obedeceu ao aumento do preço do dólar e do petróleo, e foi aprovado por um quadro de especialistas do governo.

O presidente disse ainda que irá convocar uma mesa de diálogos para discutir o assunto. Ele aproveitou para agradecer as forças policiais.

Segundo a TVN (Televisão Nacional) do Chile, carros blindados estavam nas ruas da capital do país.

Segundo outro jornal local, o Estado de Exceção permite ao Estado restringir reuniões e deslocamentos na cidade, e a segurança fica a cargo da Defesa Nacional.

Nesta semana, a capital do Chile apresentou uma convocação massiva para protestar contra o aumento do preço da passagem, que ficou o equivalente a R$ 4,81, durante a hora de pico, ou seja, a mais utilizada pela população. 

Os atos foram feitos nas estações e várias delas ficaram sem as catracas. Por isso, o Metrô de Santiago decidiu que não irá prestar serviço de transporte ao logo de todo o fim de semana. Este já é o quinto dia de protestos.

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