Chilenos participam de greve geral e manifestações nas ruas
Milhares de pessoas protestam pela melhora dos direitos básicos, como a educação, a saúde e o direito à aposentadoria e pedem nova Constituição
Internacional|Da EFE
Milhares de pessoas participam nesta terça-feira de uma greve geral realizada em diversas cidades do Chile, em protesto contra a melhora dos direitos básicos, como a educação, a saúde e o direito à aposentadoria.
A paralisação foi convocada pela plataforma Unidad Social, formada por organizações sindicais, estudantis e sociais, depois de mais de três semanas de atos para exigir o fim da desigualdade e do modelo neoliberal implementado pela ditadura de Augusto Pinochet, entre 1973 e 1990.
A marcha na capital do Chile começou na Praça Itália, que se tornou o epicentro da agitação popular e acabou no centro histórico da cidade, bem próximo ao Palácio de La Moneda, a sede da presidência.
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A grande reivindicação se tornou a elaboração de uma nova Constituição, já que a atual foi aprovada em 1980, em um referendo questionado. Os manifestantes apontam que o texto é a origem da grande desigualdade existente no país, já que favoreceu a privatização de setores essenciais.
No domingo, o presidente Sebastián Piñera iniciou o processo para uma nova constituinte, mas vem sofrendo críticas da oposição e nas ruas por propor que os parlamentares atuais sejam os responsáveis pela redação da Carta Magna.
Na região de Magallanes, Concepción, em cidades como Valparaíso e Viña del Mar, entre outras, também aconteceram atos desencadeados pela greve geral.
Em Valparaíso, inclusive, o Congresso Nacional suspendeu todas as sessões previstas para esta terça-feira, por motivos de segurança e deslocamento.
O aeroporto internacional Arturo Merino Benítez, localizado nos arredores de Santiago, operou com normalidade e não houve qualquer cancelamento, embora alguns funcionários tenham aderido à greve geral.