Espião dos EUA condenado à prisão perpétua na China chantageou sexualmente autoridades
John Leung teria coagido autoridades do país comunista a colaborar com Washington, informou o Ministério da Segurança
Internacional|Do R7
Um cidadão americano condenado na China em maio por espionagem teria planejado chantagens sexuais contra autoridades do país comunista para forçá-las a colaborar com Washington, informou o Ministério da Segurança do Estado nesta segunda-feira (11).
Nascido em Hong Kong, mas com nacionalidade americana, John Shing-wan Leung, de 78 anos, foi condenado em maio à prisão perpétua, uma pena incomum para cidadãos estrangeiros na China.
Esse ministério chinês, um dos principais órgãos de Inteligência do país, explicou nesta segunda-feira que o homem foi recrutado pelos Estados Unidos na década de 1980 e tinha "uma carreira de 30 anos em espionagem".
De acordo com a pasta, os serviços secretos americanos faziam-no se passar por um filantropo, enquanto lhe pediam para espionar a diáspora chinesa e os funcionários de Pequim que visitavam os Estados Unidos.
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"Quando tomava conhecimento de que as autoridades chinesas planejavam ir aos Estados Unidos para uma viagem oficial, informava isso às agências de Inteligência americanas", afirmou o ministério.
"Seguindo as ordens dos americanos, ele os levava a restaurantes ou hotéis, onde as agências de Inteligência já haviam instalado material de vigilância."
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Também tentava "obter informações ou pegar nossos funcionários por meio de chantagem sexual para tentar dominá-los e recrutá-los", disse a mesma fonte.
A lei chinesa pune severamente a espionagem, com penas que incluem prisão perpétua ou execução.
Nos últimos meses, o presidente Xi Jinping reforçou as atividades de Inteligência, em particular com uma nova lei adotada em julho, que amplia a definição de espionagem.