China faz manobra militar perto de Taiwan como 'advertência' por declarações de Biden
Presidente americano afirmou que interveria militarmente na ilha em caso de uma ataque de Pequim
Internacional|Do R7
O Exército da China anunciou nesta quarta-feira (25) que realizou manobras militares perto de Taiwan como uma "advertência contra a conspiração entre as forças separatistas e os Estados Unidos", depois que o presidente americano, Joe Biden, disse que seu país interviria militarmente se Pequim tentasse se apoderar da ilha.
"Esta é uma patrulha do Exército Popular de Libertação (EPL) em torno de Taiwan com o objetivo de prontidão de combate e exercícios de treinamento tanto no mar quanto no ar", disse o coronel Shi Yi, porta-voz do Comando do Teatro Oriental, em comunicado.
Shi afirmou que os exercícios são "uma advertência solene contra o recente conluio entre os Estados Unidos e as 'forças separatistas taiwanesas".
"É hipócrita e fútil que os EUA tomem ações completamente opostas a suas palavras e frequentemente encorajem as 'forças de independência de Taiwan'. Todos esses atos dos EUA só levarão a uma situação perigosa e terão sérias consequências para si mesmos", declarou.
O porta-voz também enfatizou que "Taiwan é parte da China", e por isso o país quer "salvaguardar firmemente a soberania e a segurança nacional, bem como a paz e a estabilidade na região".
Leia também
Na segunda-feira (23), a China reagiu com veemência às declarações de Biden de que os EUA continuam empenhados em defender Taiwan e que podem intervir militarmente no caso de uma invasão chinesa à ilha, que Pequim considera uma parte "inalienável" de seu território.
Em outubro passado, a China e os Estados Unidos tiveram uma discussão semelhante sobre Taiwan depois que Biden anunciou um "compromisso" explícito de defender a ilha no caso de uma invasão chinesa.
A China insiste em "reunificar" a República Popular com a ilha, que tem sido governada autonomamente desde que o partido Kuomintang lá se estabeleceu em 1949, após perder a guerra civil contra os comunistas.
Desde então, tem havido apelos crescentes para que Taiwan declare independência como um Estado soberano, o que irrita Pequim, que reitera que "a reunificação será alcançada".