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China pode sufocar forças dos EUA com enxames de drones em caso de guerra, diz relatório

Documento pontua que Washington corre o risco de ter suas estratégias de combate sobrecarregadas por ataques em massa de Pequim

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Relatório alerta que EUA podem ser sobrecarregados por ataques em massa de drones chineses.
  • A China visa produzir um milhão de drones de ataque até 2026 e está testando tecnologias avançadas.
  • Os investimentos dos EUA em defesa antidrones têm sido lentos e inadequados em comparação com os avanços da China.
  • Comandantes americanos consideram o uso de enxames de drones como estratégia de contra-ataque.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Relatório recomenda que os EUA ampliem estoques de sistemas antidrones e adotem mais camadas de defesa
Relatório recomenda que os EUA ampliem estoques de sistemas antidrones e adotem mais camadas de defesa U.S. Army photo by Staff Sgt. Thomas Moeger

As Forças Armadas dos Estados Unidos correm o risco de serem sobrecarregadas por ataques em massa de drones chineses em um eventual conflito caso não ampliem os investimentos em sistemas de defesa antidrones. O alerta foi feito em um relatório do Center for a New American Security (CNAS), divulgado na última quarta-feira (10).

O documento afirma que, embora o Pentágono reconheça há anos a necessidade de tecnologias antidrones, os avanços têm sido lentos e em escala limitada.


“Sem grandes quantidades de armas com capacidades antidrones substancialmente aprimoradas, os Estados Unidos correm o risco de ter suas estratégias de combate sobrecarregadas por ataques em massa de drones chineses, e os Estados Unidos podem perder uma guerra por Taiwan”, escreveram as autoras Stacie Pettyjohn, diretora do programa de defesa do CNAS, e Molly Campbell, assistente de pesquisa.

A China tem priorizado a produção em larga escala de sistemas não tripulados. Em 2024, encomendou um milhão de drones de ataque unidirecionais para entrega até 2026.


Leia mais:

Pequim também testa tecnologias de visão em primeira pessoa, fibra óptica, aeronaves de vigilância e plataformas de longo alcance, aplicando as lições da guerra na Ucrânia. O relatório avalia que o país poderá “em breve ter a maior e mais sofisticada frota de drones do mundo”.

Enquanto isso, os EUA investiram bilhões de dólares em programas antidrones, mas parte relevante dos recursos foi destinada a armas cinéticas caras, cujo custo por disparo supera em muito o preço dos drones que deveriam destruir. A Marinha dos EUA, no Mar Vermelho, tem usado mísseis guiados de centenas de milhares de dólares contra drones baratos, ilustrando o desequilíbrio.


Outras alternativas, como armas de energia direcionada com lasers e micro-ondas, permanecem em estágios de pesquisa e desenvolvimento. Líderes militares reconhecem falhas. O general James Rainey, chefe do Comando de Futuros do Exército, criticou neste ano a lentidão na adoção de soluções e pediu integração de capacidades em larga escala.

A simulação de guerra realizada pelo CNAS mostrou que a China conseguiu sustentar ataques contra forças dos EUA usando diferentes tipos de drones, sobretudo dentro da primeira cadeia de ilhas, que vai do Japão até as Filipinas, incluindo Taiwan.


O relatório recomenda ampliar estoques de sistemas antidrones e adotar camadas de defesa combinando sensores e armas, já que nenhuma tecnologia isolada é capaz de conter todas as ameaças.

Comandantes americanos também avaliam usar seus próprios enxames como contra-ataque. O almirante Samuel Paparo, chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA, declarou no ano passado que gostaria de transformar o Estreito de Taiwan “em um inferno não tripulado” com drones baratos e em grande número para atrasar ou conter uma eventual ofensiva chinesa.

Perguntas e Respostas

 

Qual é o alerta feito pelo relatório do Center for a New American Security (CNAS) sobre as Forças Armadas dos EUA?

 

O relatório alerta que as Forças Armadas dos Estados Unidos correm o risco de serem sobrecarregadas por ataques em massa de drones chineses em um eventual conflito, caso não ampliem os investimentos em sistemas de defesa antidrones.

 

O que o relatório diz sobre os investimentos do Pentágono em tecnologias antidrones?

 

O documento afirma que, embora o Pentágono reconheça a necessidade de tecnologias antidrones, os avanços têm sido lentos e em escala limitada.

 

Quais são as consequências da falta de armas antidrones para os EUA, segundo as autoras do relatório?

 

As autoras Stacie Pettyjohn e Molly Campbell afirmam que, sem armas com capacidades antidrones substancialmente aprimoradas, os EUA correm o risco de ter suas estratégias de combate sobrecarregadas e podem até perder uma guerra por Taiwan.

 

O que a China está fazendo em relação à produção de drones?

 

A China tem priorizado a produção em larga escala de sistemas não tripulados e encomendou um milhão de drones de ataque unidirecionais para entrega até 2026.

 

Quais tecnologias a China está testando para melhorar suas capacidades de drones?

 

Pequim está testando tecnologias de visão em primeira pessoa, fibra óptica, aeronaves de vigilância e plataformas de longo alcance, aplicando lições da guerra na Ucrânia.

 

Como os investimentos dos EUA em programas antidrones estão sendo utilizados?

 

Os EUA investiram bilhões de dólares em programas antidrones, mas uma parte significativa dos recursos foi destinada a armas cinéticas caras, cujo custo por disparo é muito maior do que o preço dos drones que deveriam destruir.

 

O que líderes militares dos EUA estão dizendo sobre a adoção de soluções antidrones?

 

Líderes militares, como o general James Rainey, reconhecem falhas na adoção de soluções e pedem a integração de capacidades em larga escala.

 

O que a simulação de guerra realizada pelo CNAS revelou sobre a China e os EUA?

 

A simulação mostrou que a China conseguiu sustentar ataques contra forças dos EUA usando diferentes tipos de drones, especialmente dentro da primeira cadeia de ilhas, que vai do Japão até as Filipinas, incluindo Taiwan.

 

Quais recomendações o relatório faz para os EUA em relação a sistemas antidrones?

 

O relatório recomenda ampliar estoques de sistemas antidrones e adotar camadas de defesa que combinem sensores e armas, já que nenhuma tecnologia isolada é capaz de conter todas as ameaças.

 

Como os comandantes americanos estão considerando responder aos ataques de drones chineses?

 

Comandantes americanos estão avaliando o uso de seus próprios enxames de drones como contra-ataque, com o almirante Samuel Paparo expressando o desejo de transformar o Estreito de Taiwan em um "inferno não tripulado" para atrasar ou conter uma eventual ofensiva chinesa.

 

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