Coelhos-robôs são nova arma para combater pítons invasoras na Flórida
Em experimentos anteriores, coelhos vivos chegaram a ser usados para atrair as serpentes, mas o processo era trabalhoso de manter
Internacional|Do R7
RESUMO DA NOTÍCIA
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Pesquisadores da Universidade da Flórida começaram a testar coelhos robóticos como uma nova ferramenta para atrair e capturar pítons-birmanesas, espécie invasora que ameaça o ecossistema pantanoso dos Everglades. O experimento foi desenvolvido em parceria com o Distrito de Gestão de Água do Sul da Flórida e busca facilitar a localização das cobras, que se escondem com facilidade no pântano.
As cobras são nativas do Sudeste Asiático e se espalharam pela Flórida após escaparem ou serem soltas por donos de animais exóticos nas últimas décadas. Com poucos predadores naturais, as pítons se multiplicaram rapidamente, provocando a queda de populações de coelhos, gambás e outros pequenos mamíferos.
O novo método usa coelhos robóticos equipados com motores, aquecedores e sensores de movimento. Os dispositivos imitam o comportamento e a temperatura corporal de coelhos do pântano, uma das presas favoritas das cobras. Câmeras instaladas próximas aos robôs enviam alertas para os pesquisadores sempre que uma cobra se aproxima.
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Segundo os responsáveis pelo estudo, o objetivo é economizar tempo e recursos que seriam gastos em buscas manuais. Em experimentos anteriores, coelhos vivos chegaram a ser usados para atrair as serpentes, mas o processo era trabalhoso e difícil de manter.
Se o experimento atual não apresentar resultados significativos, os cientistas planejam incluir aromas de coelho para tornar a isca mais realista. A expectativa é que os coelhos robóticos atraiam um número suficiente de pítons para justificar o uso em larga escala.
Desde 2019, caçadores contratados pelo governo removeram cerca de 16 mil pítons na Flórida. Além disso, o estado realiza um desafio anual que convida o público a caçar as cobras em troca de prêmios em dinheiro. Especialistas alertam que a erradicação completa da espécie é improvável, mas iniciativas como essa ajudam a reduzir o impacto ambiental.
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