Colômbia diz que 23 militares e policiais venezuelanos desertaram
Oficiais são da Polícia Nacional Bolivariana, Forças Especiais (FAES), Guarda Nacional, Guarda Nacional Bolivariana e Marinha venezuelana
Internacional|Da EFE
Pelo menos 23 membros da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela e dois da polícia desse país desertaram neste sábado (23) em meio à tentativa de entrada da ajuda humanitária ao território venezuelano, confirmou Migração da Colômbia.
"Neste momento 23 membros das diferentes Forças Armadas da Venezuela se aproximaram da Migração a Colômbia fugindo da ditadura de Nicolás Maduro", disse o órgão em comunicado.
Segundo o relatório oficial, até o momento desertaram "duas mulheres da Polícia Nacional Bolivariana, um membro das Forças Especiais (FAES), um motorista de um tanqueta da Guarda Nacional, 18 membros da Guarda Nacional Bolivariana, dois deles com suas famílias, e um oficial da Marinha venezuelana".
No total, 22 membros das Forças Armadas se entregaram no departamento colombiano de Norte de Santander, do qual Cúcuta é a capital, e outro fez o mesmo na região de Arauca.
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O processo de deserção começou na manhã de hoje, quando quatro membros da Guarda solicitaram a proteção das autoridades da Colômbia na cidade de Cúcuta, informaram fontes oficiais.
"Três membros da guarda venezuelana acabam de desertar da ditadura de Nicolás Maduro na Ponte Internacional Simón Bolívar e solicitaram a ajuda da Migração da Colômbia", indicou o órgão em uma curta mensagem enviada aos veículos de imprensa.
Posteriormente, a Migração acrescentou que um sargento venezuelano também desertou das fileiras na Ponte Francisco de Paula Santander.
Além deles, um tenente de fragata da Marinha Bolivariana e um major da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) se uniram ao grupo de desertores.
O militar cruzou o rio Arauca, no departamento de mesmo nome, e chegou até onde havia membros do Ministério Público da Colômbia e pediu proteção.
"Não estou desertando, mas me somo à causa da ajuda humanitária", disse o tenente em declarações a jornalistas.
Por sua vez, o maior Hugo Enrique Parra Martínez, da FANB, reconheceu na ponte de Tienditas, em Cúcuta, o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e afirmou que "lutará com o povo venezuelano".
Além disso, um número não determinado de membros da Polícia da Venezuela que bloqueavam a passagem da ajuda humanitária pela Ponte Internacional Simón Bolívar desertaram e passaram para o lado colombiano da fronteira.