Começa o julgamento do policial acusado de matar George Floyd

Derek Chauvin era o agente da polícia de Mineapolis que foi filmado com o joelho sobre o pescoço da vítima após a imobilização

29/03/2021 - 11h56 (Atualizado em 04/04/2024 - 15h28)

O júri se reúne nesta segunda-feira (29) para julgar se Derek Chauvin, ex-policial da cidade norte-americana de Mineapolis, cometeu um homicídio durante a prisão de George Floyd em maio do ano passado.

O agente de 45 anos pode receber uma pena de até 40 anos de prisão se for condenado pela acusação mais grave. Ele declarou-se inocente das acusações de homicídio.

Seus advogados argumentam que o agente obedeceu ao treinamento e que a causa principal da morte de Floyd, que o legista qualificou como um homicídio, foi uma overdose de droga.

A seleção dos 15 membros do júri levou duas semanas para ser concluída e nesta segunda-feira a defesa e a acusação vão iniciar suas argumentações.

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A próxima fase do julgamento será escutar as testemunhas da ação policial. Por último, acontece a fase de interrogatório. O julgamento deve durar entre duas e quatro semanas.

Em uma cerimônia religiosa realizada no domingo (28), a algumas quadras do local em que Floyd foi detido e morto, o irmão se mostrou confiante sobre a prisão de Chauvin: "O vídeo é a prova", disse.

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As imagens de George Floyd sob os joelhos do agente, por cerca de nove minutos, enquanto gritava que não podia respirar ganharam repercussão mundial. Diversas manifetações nos EUA e também em outros países foram realizadas para denunciar a ação policial violenta contra um homem negro diante das câmeras.

Com a morte de Floyd, o movimento "Black Lives Matter", ou "vidas negras importam", ganhou uma proporção mundial e motivou mobilizações para denunciar a morte violenta de pessoas negras.

George Floyd foi velado pela segunda vez nesta segunda-feira (8) em Houston, no Texas (EUA), cidade onde ele cresceu. Há duas semanas, Floyd morreu durante uma abordagem policial em Minneapolis, gerando revolta e protestos contra o racismo e a violência policial, que tomaram conta do país e se espalharam pelo mundo

Após caso Floyd, Minneapolis decide acabar com departamento de polícia

O caixão com o corpo chegou no início da tarde e foi acompanhado e saudado durante todo o trajeto até a igreja. A família fará outra cerimônia, privada para parentes e amigos, na terça-feira, antes do sepultamento. Ele será enterrado ao lado da mãe

Para tentar evitar a propagação do novo coronavírus, o público teve a temperatura testada, usou máscaras e precisou respeitar o distanciamento social.

Cada pessoa podia ficar 10 minutos dentro do salão e apenas 15 podiam entrar de cada vez

Centenas de pessoas, algumas usando camisetas com a foto de Floyd, foram à igreja Fountain Of Praise para se despedir de Floyd

Muitos dos presentes saudaram o caixão de George Floyd com o gesto do punho cerrado, usado pelos Black Panthers desde a década de 1960 na luta pelos direitos civis

O governador do Texas, Greg Abbott, compareceu ao velório e disse a jornalistas que a morte de Floyd "não será em vão" e que irá chamar membros de sua família e outras que sofreram com racismo e violência policial para elaborar melhores políticas de segurança

Em meio à onda de críticas contra a atuação da polícia em diversas cidades dos EUA, este policial compareceu uniformizado ao velório e prestou homenagens

George Floyd foi velado pela segunda vez nesta segunda-feira (8) em Houston, no Texas (EUA), cidade onde ele cresceu. Há duas semanas, Floyd morreu durante uma abordagem policial em Minneapolis, gerando revolta e protestos contra o racismo e a violência policial, que tomaram conta do país e se espalharam pelo mundo Após caso Floyd, Minneapolis decide acabar com departamento de polícia