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Como a Otan pretende reforçar o flanco oriental da Europa após abate de drones pela Polônia

Iniciativa incluirá defesas aéreas e terrestres integradas e maior compartilhamento de informações entre os países parceiros

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Otan lançou a operação Sentinela Oriental após a Polônia abater drones russos que invadiram seu espaço aéreo.
  • O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, destacou a necessidade de demonstrar prontidão e capacidade de defesa diante da situação.
  • A operação inclui o envio de novos recursos militares, como caças e uma fragata, para o leste europeu.
  • Os EUA e outros aliados classificaram a violação do espaço aéreo polonês como alarmante, reiterando o compromisso de defender cada centímetro do território da Otan.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Anúncio detalhou o envio de novos recursos militares, entre eles dois caças F-16
Anúncio detalhou o envio de novos recursos militares, entre eles dois caças F-16 OTAN

A Otan anunciou na sexta-feira (12) o lançamento da operação Sentinela Oriental para reforçar a defesa do flanco leste da Europa. A decisão foi tomada dois dias depois de a Polônia abater drones russos que violaram seu espaço aéreo, o primeiro episódio do tipo envolvendo um país da aliança desde o início da guerra na Ucrânia em 2022.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, afirmou em coletiva na sede da organização em Bruxelas que o objetivo é demonstrar prontidão diante do episódio. “Devemos, como Otan, deixar clara nossa determinação e nossa capacidade de defender nosso território, e é exatamente isso que a operação irá fazer”, disse. Ele classificou a incursão russa como “imprudente e inaceitável”.


A Rússia afastou a autoria da invasão e disse que não teve a intenção de enviar drones à Polônia. Na quinta (11), o Kremlin minimizou o incidente e criticou a “retórica” do governo polonês.

Segundo o principal comandante militar da Otan, o general da Força Aérea dos Estados Unidos Alexus Grynkewich, a missão terá caráter flexível e abrangerá toda a região que vai dos países bálticos até a Romênia e a Bulgária. “A Polônia e os cidadãos de toda a aliança devem ficar tranquilos com nossa rápida resposta no início desta semana e nosso anúncio significativo aqui hoje”, declarou.


O anúncio detalhou o envio de novos recursos militares, entre eles dois caças F-16 e uma fragata da Dinamarca, três caças Rafale da França e quatro jatos Eurofighter da Alemanha. A Espanha também prometeu apoio aéreo e o Reino Unido deve anunciar sua contribuição em breve. A operação complementa as forças já posicionadas no leste europeu, que incluem milhares de soldados da aliança.

Leia mais:

Varsóvia retratou as incursões como uma tentativa de Moscou de testar as capacidades de resposta da Polônia e da Otan. O governo polonês rejeitou a avaliação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que os drones poderiam ter invadido seu espaço aéreo por engano. Em entrevista, o ministro das Relações Exteriores da Polônia disse esperar que Washington adote medidas práticas para mostrar solidariedade.


Na ONU, os Estados Unidos classificaram a violação do espaço aéreo polonês como “alarmante” e reiteraram o compromisso de “defender cada centímetro do território da Otan”. Mais tarde, Washington e outros aliados acusaram a Rússia de violar o direito internacional e a Carta das Nações Unidas.

Moscou, por sua vez, afirmou que os ataques tinham como alvo apenas a Ucrânia e negou que os drones pudessem ter alcançado território polonês. O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, declarou que o alcance máximo do equipamento utilizado era de 700 quilômetros, o que tornaria “fisicamente impossível” atingir a Polônia.


Movimentações do Kremlin

Rússia e Belarus iniciaram na sexta-feira (12) o exercício militar conjunto “Zapad-2025″ em áreas próximas à fronteira com a Polônia.

A atividade já estava programada, mas ocorre logo após o episódio em que Varsóvia derrubou drones russos, o primeiro ataque conhecido da Otan contra alvos de Moscou desde o início da guerra há três anos e meio.

Perguntas e Respostas

 

Qual foi a decisão da Otan após o incidente com drones na Polônia?

 

A Otan anunciou o lançamento da operação Sentinela Oriental para reforçar a defesa do flanco leste da Europa, decisão tomada após a Polônia abater drones russos que violaram seu espaço aéreo.

 

O que disse o secretário-geral da Otan sobre o episódio?

 

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, afirmou que o objetivo é demonstrar prontidão diante do incidente, classificando a incursão russa como "imprudente e inaceitável".

 

Como a Rússia reagiu ao incidente?

 

A Rússia negou a autoria da invasão e afirmou que não teve a intenção de enviar drones à Polônia, criticando a retórica do governo polonês.

 

Qual é o alcance da operação Sentinela Oriental?

 

O general da Força Aérea dos Estados Unidos, Alexus Grynkewich, informou que a missão terá caráter flexível e abrangerá a região dos países bálticos até a Romênia e a Bulgária.

 

Quais recursos militares foram anunciados para a operação?

 

Foram anunciados o envio de dois caças F-16 e uma fragata da Dinamarca, três caças Rafale da França e quatro jatos Eurofighter da Alemanha, além de apoio aéreo da Espanha e uma contribuição do Reino Unido a ser anunciada em breve.

 

Como a Polônia interpretou as incursões russas?

 

A Polônia considerou as incursões como uma tentativa de Moscou de testar as capacidades de resposta da Polônia e da Otan, rejeitando a avaliação do presidente dos Estados Unidos de que os drones poderiam ter invadido seu espaço aéreo por engano.

 

Qual foi a posição dos Estados Unidos na ONU sobre a violação do espaço aéreo polonês?

 

Os Estados Unidos classificaram a violação do espaço aéreo polonês como "alarmante" e reafirmaram o compromisso de "defender cada centímetro do território da Otan".

 

O que Moscou afirmou sobre os ataques e o alcance dos drones?

 

Moscou declarou que os ataques tinham como alvo apenas a Ucrânia e negou que os drones pudessem ter alcançado território polonês, afirmando que o alcance máximo do equipamento utilizado era de 700 quilômetros, tornando "fisicamente impossível" atingir a Polônia.

 

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