Como é a nova arma antidrone dos EUA que usa IA e custa apenas R$ 50
Startup norte-americana desenvolve sistema que transforma metralhadoras em armas automáticas contra drones
Internacional|Do R7
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Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7
Os Estados Unidos estão apostando em uma nova arma para combater drones inimigos: a Bullfrog, uma torre baseada em IA (inteligência artificial) e com um custo operacional estimado em cerca de US$ 10 (cerca de R$ 53).
Como funciona
A Bullfrog é uma torre que transforma metralhadoras comuns em armas autônomas contra drones. Autônoma, nesse caso, significa que o sistema usa IA para detectar e seguir os alvos sozinho; o operador só precisa dar a ordem final para disparar.
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Segundo o site especializado Defence Express, o sistema consegue atingir desde microdrones, usados para reconhecimento, até modelos maiores, com mais de 600 kg, como os drones de ataque iranianos Shahed e suas versões russas, conhecidas como Geran.
O novo equipamento, produzido pela startup Allen Control Systems, foi contratado pelo Comando de Operações Especiais dos EUA (SOCOM), mas o valor e a quantidade comprada não foram divulgados, segundo a plataforma oficial do governo ucraniano United24 Media.
Armas usadas
A torre pode ser acoplada em diferentes tipos de metralhadoras, como as M240 e M134, usadas em larga escala pelo Exército norte-americano. Ela também pode receber sistemas a laser, caso o cliente solicite.
Na versão mais simples, com a metralhadora M240, a Bullfrog tem alcance de até 800 metros, quase a distância de 8 campos de futebol, e dispara 850 tiros por minuto. O equipamento pesa cerca de 75 kg, sem a munição.
De acordo com a Allen Control Systems, com a Bullfrog, cada interceptação de drone irá custar em torno de US$ 10. Para comparação, mísseis antiaéreos que normalmente seriam usados para essa função custam centenas de milhares de dólares.
O site norte-americano especializado Defence One diz que essa mudança faz parte de uma tendência mais ampla, que busca substituir mísseis caros por sistemas baseados em metralhadoras, mais baratos e fáceis de deslocar.
Drones em alta

O presidente da startup, Steve Simoni, disse que drones estão destruíndo tanques e peças de artilharia que custam milhões de dólares. Por isso, os EUA precisam de armas capazes de neutralizar essas ameaças de maneira rápida e econômica.
Na guerra entre Rússia e Ucrânia, o uso massivo de drones fez com que o conflito aéreo entre os dois países tenha evoluído desde a invasão russa em larga escala ao território ucraniano, em fevereiro de 2022.
No início da guerra, jatos e helicópteros russos cruzavam frequentemente o espaço aéreo ucraniano, apoiando o avanço das tropas terrestres. No entanto, as defesas aéreas ucranianas, que a Rússia não conseguiu neutralizar, causaram perdas significativas, o que forçou as tropas de Vladimir Putin a adotar uma mudança na estratégia.
Com o tempo, as linhas de frente se estabilizaram, e a guerra se tornou mais estática. Agora, os russos evitam voar sobre a Ucrânia, optando por lançar mísseis e drones de longa distância, disparados de áreas seguras, muitas vezes do leste do país.
Com os céus como um espaço de “negação”, onde nenhum dos lados domina, a Rússia passou a intensificar os ataques com mísseis e drones, especialmente depois que drones furtivos ucranianos destruíram uma parte significativa da frota de bombardeiros de Putin, no dia 1º de junho deste ano.
Perguntas e Respostas
Qual é a nova arma antidrone dos EUA?
A nova arma antidrone dos EUA é chamada Bullfrog, uma torre que utiliza inteligência artificial (IA) para transformar metralhadoras comuns em armas autônomas contra drones. O custo operacional estimado é de cerca de US$ 10 (aproximadamente R$ 53).
Como funciona a Bullfrog?
A Bullfrog é capaz de detectar e seguir alvos sozinha, com o operador apenas precisando dar a ordem final para disparar. O sistema pode atingir desde microdrones até drones de ataque maiores, como os iranianos Shahed e suas versões russas, conhecidas como Geran.
Quem desenvolveu a Bullfrog?
A Bullfrog foi desenvolvida pela startup Allen Control Systems e foi contratada pelo Comando de Operações Especiais dos EUA (SOCOM). O valor e a quantidade comprada não foram divulgados.
Quais metralhadoras podem ser usadas com a Bullfrog?
A Bullfrog pode ser acoplada a diferentes tipos de metralhadoras, incluindo as M240 e M134, que são amplamente utilizadas pelo Exército dos EUA. Também é possível adicionar sistemas a laser, se solicitado pelo cliente.
Qual é o alcance e a capacidade de disparo da Bullfrog?
Na versão mais simples, com a metralhadora M240, a Bullfrog tem um alcance de até 800 metros e pode disparar 850 tiros por minuto. O equipamento pesa cerca de 75 kg, sem a munição.
Qual é o custo de interceptação de drones com a Bullfrog?
De acordo com a Allen Control Systems, cada interceptação de drone com a Bullfrog custará em torno de US$ 10, enquanto mísseis antiaéreos que normalmente seriam usados para essa função custam centenas de milhares de dólares.
Qual é a tendência no uso de armamentos antidrone?
Há uma tendência crescente de substituir mísseis caros por sistemas baseados em metralhadoras, que são mais baratos e fáceis de deslocar, conforme relatado pelo site especializado Defence One.
Qual é a situação atual do uso de drones na guerra entre Rússia e Ucrânia?
Na guerra entre Rússia e Ucrânia, o uso massivo de drones alterou o conflito aéreo desde a invasão russa em fevereiro de 2022. Inicialmente, jatos e helicópteros russos eram usados, mas as defesas aéreas ucranianas causaram perdas significativas, levando a uma mudança na estratégia russa.
Como a estratégia russa evoluiu na guerra?
Com o tempo, as linhas de frente se estabilizaram e a guerra se tornou mais estática. Os russos passaram a evitar voar sobre a Ucrânia, optando por lançar mísseis e drones de longa distância a partir de áreas seguras, especialmente após perdas significativas em sua frota de bombardeiros.
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