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Como militares venezuelanos treinam civis em meio a tensões nos EUA

Mobilização ocorre após os EUA enviarem ao Caribe pelo menos sete navios de guerra, um submarino nuclear e cerca de 4.500 militares

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Venezuela está intensificando o treinamento de civis para o uso de armas devido a tensões com os EUA.
  • Mais de 300 quartéis abriram para a Milícia Nacional Bolivariana, treinando civis em técnicas de combate.
  • O presidente Maduro vê a mobilização militar dos EUA como uma tentativa de intervenção e reforça a preparação do povo venezuelano.
  • As práticas de treinamento são acompanhadas por autoridades e têm gerado repercussão internacional, incluindo críticas do presidente dos EUA.

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Treinamento inclui técnicas de manuseio de armas curtas e longas Prensa FANB

A Venezuela intensificou neste mês o treinamento de civis para o uso de armas diante da escalada de tensões com os Estados Unidos. O presidente Nicolás Maduro determinou que os quartéis e as Forças Armadas levem exercícios de formação às comunidades para preparar a população venezuelana para um possível confronto.

No sábado (13), mais de 300 quartéis abriram as portas para civis inscritos na Milícia Nacional Bolivariana, braço criado pelo ex-presidente Hugo Chávez para complementar o trabalho das Forças Armadas. “Os quartéis se converteram numa classe. Essa é a melhor classe do soldado, o terreno”, disse o general Miguel Yilales, da Zona Operativa de Defesa Integral do estado de Bolívar, à emissora estatal venezuelana.


O treinamento inclui técnicas de manuseio de armas curtas e longas, posições de tiro, pontaria e exercícios de fogo real. “Assim vamos qualificando o povo venezuelano, que vão passando de atiradores novatos para atiradores especializados e de excelência”, afirmou Yilales.

Na quinta-feira (18), Maduro reforçou a convocação em um discurso transmitido pela televisão estatal. “No próximo sábado, 20 de setembro, os quartéis, a Força Armada Bolivariana, vão até o povo, vão às comunidades, para colocar homens e mulheres que se alistaram para revisar e aprender o manuseio do sistema de armas”, declarou.


A mobilização ocorre após os Estados Unidos enviarem ao Caribe pelo menos sete navios de guerra, um submarino nuclear e cerca de 4.500 militares sob o argumento de combater o narcotráfico na região. Aviões espiões P-8 também sobrevoaram a região. Washington acusa Maduro de comandar o Cartel de los Soles, classificado como organização terrorista, e oferece uma recompensa de 50 milhões de dólares pela sua captura.

Leia mais:

Caracas vê a operação como tentativa de intervenção. “O que está por trás é um plano imperial para impor um governo marionete e roubar nosso petróleo e gás. Mas isso não aconteceu e não vai acontecer”, disse Maduro.


Diosdado Cabello, ministro e número dois do chavismo, também criticou a presença militar americana. “Sabemos que isso não tem nada a ver com drogas. Querem sair da Revolução Bolivariana. Estamos preparados para uma guerra prolongada”, afirmou.

Na quarta-feira (17), a Força Armada Nacional realizou três dias de exercícios militares na ilha caribenha de La Orchila, a 65 quilômetros do continente, na ação mais ostensiva determinada por Maduro desde o início da presença militar americana na região. O presidente anunciou ainda que integrantes das Forças Armadas e da segurança interna serão distribuídos em 284 frentes para proteger toda a costa venezuelana contra “invasores”.


As imagens da mobilização ganharam repercussão internacional. A agência Reuters registrou civis treinando com armas nas ruas de Caracas sob supervisão de militares. O ministro do Interior, Diosdado Cabello, acompanhou parte das atividades.

Nas redes sociais, o presidente americano Donald Trump ironizou nesta segunda-feira (22) os exercícios e publicou um vídeo com mulheres correndo armadas em uma quadra poliesportiva.

Apesar das críticas externas, Maduro mantém o discurso de resistência. “Nós não nos metemos com ninguém, mas nos preparamos caso seja necessário”, disse o presidente ao justificar a ampliação do treinamento civil.

Perguntas e Respostas

 

Qual é a razão para o treinamento de civis na Venezuela?

 

A Venezuela intensificou o treinamento de civis para o uso de armas devido à escalada de tensões com os Estados Unidos. O presidente Nicolás Maduro determinou que os quartéis e as Forças Armadas realizem exercícios de formação nas comunidades para preparar a população para um possível confronto.

 

Quantos quartéis abriram para o treinamento e quem está participando?

 

No dia 13, mais de 300 quartéis abriram as portas para civis inscritos na Milícia Nacional Bolivariana, que foi criada pelo ex-presidente Hugo Chávez para complementar o trabalho das Forças Armadas.

 

Quais são os conteúdos do treinamento oferecido?

 

O treinamento inclui técnicas de manuseio de armas curtas e longas, posições de tiro, pontaria e exercícios de fogo real. O general Miguel Yilales afirmou que o objetivo é qualificar o povo venezuelano, fazendo com que os participantes passem de atiradores novatos para atiradores especializados.

 

O que Maduro disse sobre o treinamento em seu discurso?

 

Em um discurso transmitido pela televisão estatal no dia 18, Maduro reforçou a convocação para o treinamento, informando que no dia 20 de setembro, os quartéis e a Força Armada Bolivariana iriam às comunidades para ensinar o manuseio do sistema de armas aos homens e mulheres que se alistaram.

 

Qual foi a reação da Venezuela em relação à presença militar dos EUA na região?

 

Caracas vê a operação militar dos Estados Unidos como uma tentativa de intervenção. Maduro afirmou que há um plano imperial para impor um governo marionete e roubar os recursos naturais do país, mas que isso não irá acontecer.

 

O que disse Diosdado Cabello sobre a presença militar americana?

 

Diosdado Cabello, ministro e número dois do chavismo, criticou a presença militar americana, afirmando que isso não tem relação com o combate às drogas e que eles estão preparados para uma guerra prolongada.

 

Quais foram as ações militares realizadas pela Força Armada Nacional?

 

Na quarta-feira, a Força Armada Nacional realizou três dias de exercícios militares na ilha caribenha de La Orchila, a 65 quilômetros do continente, como parte da resposta à presença militar americana na região. Maduro anunciou que integrantes das Forças Armadas e da segurança interna seriam distribuídos em 284 frentes para proteger a costa venezuelana contra "invasores".

 

Como a mobilização foi recebida internacionalmente?

 

As imagens da mobilização ganharam repercussão internacional, com a agência Reuters registrando civis treinando com armas nas ruas de Caracas sob supervisão de militares. O ministro do Interior, Diosdado Cabello, acompanhou parte das atividades.

 

Qual foi a reação do presidente americano Donald Trump?

 

Donald Trump ironizou os exercícios realizados na Venezuela, publicando um vídeo nas redes sociais com mulheres correndo armadas em uma quadra poliesportiva.

 

Qual é a posição de Maduro em relação às críticas externas sobre o treinamento civil?

 

Apesar das críticas externas, Maduro mantém um discurso de resistência, afirmando que a Venezuela não se mete com ninguém, mas se prepara caso seja necessário.

 

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