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Como vivem os brasileiros nas temperaturas geladas do Ártico

Três brasileiras contam suas experiências nas terras geladas mais ao norte do planeta. Spoiler: é possível se divertir muito na vida abaixo de 0 ºC

Internacional|Beatriz Sanz, do R7

Fenônemo da aurora boreal só acontece em regiões próximas ao polo norte
Fenônemo da aurora boreal só acontece em regiões próximas ao polo norte Fenônemo da aurora boreal só acontece em regiões próximas ao polo norte

Imagine como é sair na janela da sua casa e ver que as luzes esverdeadas de uma aurora boreal estão dançando no céu, não muito distante.

Essa é a realidade de Joana Kelly Degerstrøm, uma brasileira que vive na pequena cidade de Målselv, na costa norueguesa, no extremo norte do planeta há cinco anos.

No entanto, para ter o privilégio de conviver com as auroras boreais, Joana também precisa lidar com um frio ártico, literalmente.

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As temperaturas lá podem chegar a até -35 ºC no inverno. E ainda assim, o frio não é o principal vilão.

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Vivendo no escuro

Durante o inverno, as pessoas que vivem nessas regiões costumam ter noites intermináveis. "O sol só volta a aparecer no final do mês, depois de 6 semanas na escuridão", explica Joana.

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A brasileira conta que, no entanto, já se acostumou e aprendeu a lidar com o frio e a escuridão nos tempos de inverno no Polo Norte.

Segundo ela, os truques são deixar a casa sempre aconchegante e se agasalhar muito bem quando é preciso sair nas ruas.

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“Uma das primeiras coisas que aprendemos é o que usar e em que sequência cada peça de roupa deve ficar no corpo”, diz.

A neve é constante nessas regiões
A neve é constante nessas regiões A neve é constante nessas regiões

Joana e seu marido norueguês são sócios de uma estação de esqui na região. Ela afirma que o frio severo pode afastar brasileiros a tentar a vida no norte da Noruega, mas que os que persistem vão encontrar bastante calor humano vindo dos cidadãos nórdicos.

Modos de vida adaptados

Além da Noruega e de seus vizinhos nórdicos, outros países também estão dentro do Círculo Ártico e próximos do Polo Norte, vivendo em baixas temperaturas e em contato constante com a neve.

Jane Oliveira, 38, por exemplo, vive no Alasca há 11 anos e meio. Apesar de fazer fronteira com o Canadá e estar pertinho da Rússia, o território pertence aos Estados Unidos. Ali, as temperaturas podem alcançar até -22 ºC nas noites de inverno.

Para Jane, que já vive no Alasca há tanto tempo, a adaptação ao clima não foi difícil, já que o modo de vida é todo adaptado, oferecendo recursos como aquecimento das casas e dos carros. “O segredo é ter uma rotina e estar sempre bem agasalhado”, afirma.

Jane mantém um canal no Youtube, onde fala um pouco sobre sua vivência. Em novembro do ano passado, ela registrou sua reação após o forte terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu o Alasca. Segundo ela, foi a primeira vez vivendo na região que ela passou por uma região tão extrema.

Atualmente, ela é dona de uma pequena empresa em Anchorage, a maior cidade do Alasca, e conta que não sente vontade de voltar a morar no Brasil.

Inverno é diversão

Do outro lado fronteira, no Canadá, vive a carioca Rosane Rodrigues-Bachand enfrentando temperaturas que podem chegar a até -40 ºC. Assim como na música infantil, o frio não a incomoda.

Rosane anda de trenó com huskies no Canadá
Rosane anda de trenó com huskies no Canadá Rosane anda de trenó com huskies no Canadá

“O inverno é sinônimo de diversão. É uma delícia brincar na neve, esquiar, fazer dogsleeding (trenó com huskies canadenses) e beber muito vinho para esquentar”, afirma

Faz apenas dois anos que o frio canadense é companheiro constante de Rosane, mas ela diz que já está completamente adaptada. A adequação rápida aconteceu porque ela já viveu em outros países que também são frios como o Chile e a Holanda.

Mas ainda assim, existem lados negativos, segundo ela. “Um ponto desagradável é a chuva de gelo. É um perigo porque você pode cair e se machucar”, conta.

Rosane, que trabalha como embaixadora do Ministério da Educação canadense, também fala que não pretende voltar ao Brasil.

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