Comunista de grife? Mulher de Kim Jong-un aparece com bolsa de famosa marca de luxo
Primeira-dama da Coreia do Norte reapareceu depois de 18 meses e levanta especulações sobre foco em filha do líder
Internacional|Do R7

A primeira-dama da Coreia do Norte, Ri Sol-ju, reapareceu em público após um ano e meio de ausência, acompanhando o líder Kim Jong-un e a filha do casal, Ju-ae, em uma cerimônia de inauguração no resort costeiro de Kalma, no leste do país.
O evento ocorreu na última terça-feira (24), mas as imagens só foram divulgadas pela imprensa estatal norte-coreana nesta quinta-feira (26).
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Nas fotos publicadas pela Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), Ri aparece vestindo uma camisa branca e calça preta larga, contrastando com o traje branco e formal da filha Ju-ae. Um detalhe chamou atenção internacional: a primeira-dama segurava uma bolsa que parece ser da grife italiana Gucci, avaliada em aproximadamente US$ 2.850 (cerca de R$ 15,7 mil), contrariando sanções da ONU contra a importação de itens de luxo pelo regime norte-coreano.
A presença da bolsa de luxo reabriu discussões sobre como a elite norte-coreana tem acesso a produtos proibidos. Segundo analistas, é comum que o regime utilize malas diplomáticas — imunes a inspeções em muitos países — para contrabandear itens sofisticados que são distribuídos como presentes entre membros do alto escalão e a família de Kim.
Desde janeiro de 2024, quando foi vista em uma apresentação artística de Ano Novo, Ri Sol-ju estava ausente da mídia estatal. No período, Ju-ae passou a ocupar o espaço de destaque ao lado do pai em eventos oficiais, alimentando rumores sobre sua possível preparação como futura sucessora do regime dinástico.
Especialistas sul-coreanos sugerem que a retirada gradual de Ri do foco público pode ter sido estratégica, com o objetivo de transferir a atenção para a figura de Ju-ae. A própria configuração das imagens divulgadas, com Ri posicionada discretamente atrás do marido e da filha, reforça essa leitura.
Um funcionário do Ministério da Unificação da Coreia do Sul declarou que não há indícios de alteração no status pessoal de Ri, mas que sua visibilidade limitada parece coerente com um esforço do regime em promover Ju-ae como figura central do futuro político norte-coreano.
A aparição de Ri Sol-ju, ainda que discreta, reacende o interesse sobre os bastidores da liderança norte-coreana e o papel simbólico das mulheres na manutenção da imagem pública do regime. Sua escolha de vestuário e a presença simultânea de Ju-ae parecem cuidadosamente calculadas para transmitir mensagens internas e externas sobre continuidade e poder.
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