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Conheça a estratégia da Ucrânia com bases móveis para manter caças protegidos da Rússia

Kiev já perdeu quatro caças F-16 desde que começou a operar os jatos de fabricação norte-americana

Internacional|Do R7

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Ucrânia implementou complexos móveis para proteger seus caças F-16 dos ataques russos.
  • Os novos complexos permitem mobilidade e redução da vulnerabilidade das aeronaves em combate.
  • A estratégia de dispersão influencia forças aérias de outros países, sendo considerada inovadora por especialistas.
  • A operação em movimento é uma necessidade imediata para a Ucrânia devido à guerra e às limitações de infraestrutura.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Ucrânia recebeu caças Mirage e F-16 da França e Holanda, ampliando a capacidade ofensiva contra Rússia Forças Armadas da Ucrânia

A Ucrânia está utilizando complexos móveis montados em caminhões para manter seus caças F-16 em operação e fora da mira da Rússia. A estratégia busca reduzir a vulnerabilidade das aeronaves a ataques contra hangares fixos, que estão entre os principais alvos russos desde o início da guerra.

Os dois novos complexos foram desenvolvidos pelo grupo Come Back Alive com apoio do setor militar e energético ucraniano. Um deles reúne posto de comando, estações de planejamento de missões, salas de briefing e espaço para descanso da tripulação. O outro funciona como oficina para preparação e testes de armas, além de incluir caminhões para transporte e abastecimento de munições.


A dispersão e a mobilidade têm sido cruciais para a sobrevivência da força aérea ucraniana, que opera com um número limitado de aeronaves e enfrenta caças russos em condições de combate intenso. Segundo o grupo responsável pelo projeto, a falta de infraestrutura de apoio ao F-16 no país torna as soluções móveis a alternativa mais viável.

Especialistas avaliam que a iniciativa pode influenciar forças aéreas de outros países. Tim Robinson, da Royal Aeronautical Society do Reino Unido, considera a medida inovadora e possivelmente decisiva para preservar os poucos F-16 da Ucrânia. Ele afirmou que manter as aeronaves em constante deslocamento dificulta que a Rússia as localize e destrua.


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A experiência ucraniana reforça tendências já discutidas no Ocidente. Países da Otan vêm avaliando a dispersão de aeronaves e a operação em pistas improvisadas como forma de enfrentar adversários capazes de atingir bases aéreas. A Força Aérea dos Estados Unidos, por exemplo, adota a estratégia de “Emprego Ágil em Combate” para operar a partir de locais variados e sob condições adversas, especialmente no Pacífico diante do avanço militar da China.

Outro exemplo se baseia na Força Aérea da Finlândia, que mantém há décadas a prática de dispersar aeronaves, usando rodovias e aeródromos civis. Já a Rússia só passou a adotar a tática de forma mais ampla depois que bases em seu território começaram a ser atingidas por drones ucranianos, durante ações de inteligência coordenadas por Kiev.


Para a Ucrânia, a mobilidade das operações não é uma opção estratégica de longo prazo, mas uma necessidade imediata, avaliam especialistas. Taras Chmut, diretor da Come Back Alive, destacou que as aeronaves fornecidas ao país operam sob condições de guerra total e caçada constante da aviação russa. Ele disse que, na ausência de tempo e recursos para construir bases fixas adequadas ao F-16, investir em um ecossistema móvel é a solução mais racional.

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