Conheça o paradeiro do líder procurado do Daesh

O esconderijo de Abu Bakr al-Baghdadi é um dos últimos bastiões do grupo na Síria, em terreno árido, com planícies e próximo da fronteira com o Iraque

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

08/05/2018 - 05h10 (Atualizado em 22/02/2024 - 10h56)

O que era provável parece cada vez mais certo para as autoridades iraquianas. O líder do Daesh, Abu Bakr al-Baghdadi, está vivo e se escondendo em uma parte do deserto da Síria, segundo Abu Ali al-Basri, diretor-geral do escritório de Inteligência e Contraterrorismo iraquiano.

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"A última informação que temos é que ele está em Al-Hajin, na Síria, a 18 milhas da fronteira na província de Deir ez-Zor". As informações são da Fox News, em texto de Hollie McKay.

Pela informação, ele resistiu a um cerco que durou de 2014 a 2017. Baghdadi, cujo nome verdadeiro é Ibrahim Awwad Ibrahim al-Basri, nasceu em Samarra, no Iraque, em 1971 e desde cedo estudou o Alcorão.

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Após tornar-se líder do Daesh no Iraque, em 2010, em substituição a Abu Omar al-Baghdad, morto em uma operação, ele coordenou vários atentados no país, contra alvos xiitas, inclusive.

O esconderijo do líder é um dos últimos bastiões do grupo no país. A região fica no Vale do Rio Eufrates. O terreno árido possui vastas planícies abertas e é próximo da fronteira com o Iraque. Segundo Al-Basri, com as recentes informações de que Baghdadi está no deserto sírio, um "ataque multi-forças" estaria sendo organizado entre as tropas russas, sírias e iranianas.

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Em 16 de junho último, o governo da Rússia afirmou que, provavelmente, teria matado Abu Bakr al-Baghdadi em ataque da sua aviação perto de Raqqa, na Síria, em ação em 28 de maio último.

Baghdadi havia expandido as ações do Daesh para a Síria, tendo recrutado vários membros da Frente al-Nusra, o que contrariou Ayman al-Zawahiri, líder da Al-Qaeda, à qual a Al-Nusra era vinculada, fazendo ambos os grupos se distanciarem ainda mais.

Baghdadi e Zawahiri são listados pelos Estados Unidos como dois dos terroristas mais procurados. A recompensa pela captura de cada um é de 25 milhões de dólares.

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Desta vez são combatentes do Daesh que estão em violentos confrontos com as forças do regime. Os milicianos leais a eles são de nacionalidades sírias e não-sírias contra os radicais islâmicos. A oposição rebelde é formada por vários grupos radicais e o Daesh continua a ser um deles, agora dividindo mais as ações. As fotos mostram o campo de refugiados palestinos de Yarmuk sendo bombardeado

Segundo o Observatório, nesses nove dias em que os combates retornaram, 79 membros das forças governamentais foram mortos, enquanto a organização radical perdeu 68 combatentes

A entidade relata que pelo menos 36 civis foram mortos nos bombardeios do regime no mesmo período. Entre os mortos estão 17 civis, incluindo sete crianças, que foram mortos nos ataques a Yarmuk na sexta-feira (27)

Na parte oriental, o governo tinha lutado contra grupos como o Jaysh al-Islam e Hay'at Tahrir al-Sham, de antigos membros da Frente Al-Nusra. Há rumores de que a Arábia Saudita enviava dinheiro para alguns desses grupos, mas a informação foi negada pelos sauditas e pelos rebeldes

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A Rússia havia declarado que o Daesh havia sido totalmente derrotado, mas os combates no sul de Damasco mostram que ainda há focos de resistência do grupo. Há disputas por controle de prédios na área de Al-Ma'azaniyyah, mas os confrontos também se espalharam para as áreas de Yarmouk, Al-Hajar al-Aswad e nos arredores de Al-Tadamon

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