A Coreia do Norte intensificou medidas para coibir influências culturais estrangeiras, especialmente da Coreia do Sul, após uma revisão na Lei Penal do país, que agora prevê até a pena de morte para quem disseminar o que o regime considera “cultura antissocialista”, disse o Ministério da Justiça sul-coreano nesta sexta-feira (30).Segundo o ministério, a revisão, realizada em dezembro de 2023, ampliou o número de crimes passíveis de pena capital de 11 para 16. Entre as novas infrações, está a propagação de elementos da cultura sul-coreana, conhecida como Hallyu, ou Onda Coreana, que inclui o uso popular de gírias como “oppa”. O termo, usado por mulheres sul-coreanas para se referir a irmãos mais velhos, homens mais velhos da mesma comunidade ou parceiros românticos, tem sido adotado por jovens norte-coreanos na faixa dos 20 e 30 anos, contrariando a restrição do regime, que limita seu uso ao significado original de “irmão mais velho”.De acordo com o Ministério da Justiça sul-coreano, o regime norte-coreano vê o avanço da cultura sul-coreana como uma ameaça à sua estabilidade. A revisão da Lei Penal, que abrange todos os 329 artigos, também removeu referências à reunificação nacional, refletindo a visão de Pyongyang de que as duas Coreias são agora “dois estados hostis”.Além disso, a nova legislação introduziu punições para quem danificar símbolos nacionais, como a bandeira ou o emblema do país, e incorporou sanções alinhadas com restrições impostas pela comunidade internacional, segundo o jornal The Korea Herald.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp