A Coreia do Sul enfrenta dificuldades para controlar incêndios florestais no sudeste do país, agravados por ventos fortes e temperaturas recordes. O fogo começou na sexta-feira (21) no Condado de Sancheong, a 250 km de Seul, deixando 1.500 desabrigados, quatro mortos e seis feridos.Em outra região afetada pelo fogo, perto de Euiseong, cerca de 4.650 hectares foram queimados, deixando 390 pessoas desabrigadas. As equipes de combate a incêndios enfrentam dificuldades devido ao clima seco e ventos intensos.Em Ulju, as torres de transmissão nas montanhas impedem a aproximação dos helicópteros de combate ao fogo.Em resposta às queimadas, o governo anunciou um subsídio especial de 2,6 bilhões de wons (cerca de R$ 10 milhões) para apoiar as regiões afetadas. Além disso, foi liberado um fundo de 50 milhões de wons (R$ 195 mil) para ajudar as vítimas e os evacuados de Sancheong.As autoridades sul-coreanas ainda consideram declarar Euiseong e Ulju como zonas especiais de desastre. O presidente interino, Choi Sang-mok, pediu a mobilização de todos os recursos para controlar a situação rapidamente, com foco em extinguir o incêndio principal até a noite deste domingo (23).Até a tarde de hoje, cerca de 50% a 70% do fogo havia sido controlado. A situação segue sendo monitorada pelas autoridades.As regiões mais atingidas pelo fogo registraram temperaturas recordes para março neste domingo (23). As temperaturas mais altas ocorrem por conta dos ventos quentes e secos de alta pressão, informou a agência meteorológica da Coreia do Sul.Gumi, uma cidade na província de Gyeongsang do Norte, 200 quilômetros a sudeste de Seul, atingiu 28,5 ºC, a maior temperatura em março desde o início da série histórica em janeiro de 1973, disse a Administração Meteorológica da Coreia (KMA). O recorde anterior era de 27,3 ºC em 29 de março de 1998.