O ministro da saúde do Reino Unido, Matt Hancock, informou neste domingo que nove casos de contaminação de uma variante brasileira do novo coronavírus foram detectados no território britânico. Também foram identificados 77 casos da cepa sul-africana, que tem demonstrado ser mais mortal.
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Matt Hancock disse que todos os casos estão relacionados a viagens para a África do Sul e estão sob observação, assim como as nove ocorrências identificadas da variante brasileira. O chefe da pasta alertou às pessoas a obedecerem as restrições sanitárias em vigor no país, para se protegerem contra a variante potencialmente mais mortal da Grã-Bretanha.
“Eles [os casos da África do Sul e do Brasil] estão sendo acompanhados de perto e nós aprimoramos o rastreamento dos contatos para fazer tudo o que pudermos para impedir que se espalhem”, disse Hancock durante entrevista à BBC.
O professor Anthony Harnden de Oxford, vice-presidente de um comitê científico sobre vacinação que assessora o governo, disse que as variantes sul-africana e brasileira são motivo de preocupação porque as vacinas contra a covid-19 podem não ser eficazes.
“As novas variantes no exterior são uma preocupação real", disse ele à Sky News, acrescentando que cepas continuariam aparecendo em todo o mundo.
A Grã-Bretanha tem o maior número de mortos na Europa devido à covid-19, perto de 100 mil, e tem adotado lockdowns neste início de ano para diminuir a pressão em hospitais lotados de pacientes graves.
O governo atribuiu as medidas drásticas às altas taxas de transmissão da variante, que foi identificada pela primeira vez no sudeste da Inglaterra e, agora, está espalhada em muitas áreas.
O primeiro-ministro Boris Johnson disse na sexta-feira que a variante inglesa pode estar associada a um nível mais alto de mortalidade, embora os cientistas tenham dito que as evidências sobre isso ainda são incertas.
“Os cientistas acham que pode ser mais mortal, e eles colocaram várias estimativas de cerca de 10% mais mortal para um pouco mais do que isso. Não temos certeza de quão mais mortal”, disse durante entrevista.
“De certa forma, para todos nós, isso não importa, o que importa é que temos que colocar o vírus sob controle e a única maneira de fazer isso é interrompendo o contato social e seguindo as regras.”