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Crise revela 'verdadeiras rachaduras' na autoridade de Putin, diz secretário de Estado americano

Antony Blinken e outras autoridades internacionais se posicionaram sobre a tensão entre o grupo Wagner e Moscou

Internacional|Do R7, com AFP

Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken
Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken

Apesar de o golpe ter acabado de maneira tão repentina quanto começou, a crise entre o grupo paramilitar Wagner e o Kremlin representa o maior desafio que Vladimir Putin já enfrentou desde sua chegada ao poder, em 1999.

O Kremlin informou que Putin conversou com o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, e com o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al Thani, que expressaram "apoio" ao chefe de Estado russo após a rebelião.

Para o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a crise revela "verdadeiras rachaduras" na autoridade de Putin.

Na mesma linha, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, declarou nesta segunda-feira (26) que a rebelião dos paramilitares demonstra que a ofensiva na Ucrânia está "rachando o poder russo e afetando seu sistema político".


Os acontecimentos do fim de semana são "uma nova demonstração do grande erro estratégico que o presidente Putin cometeu com a anexação ilegal da Crimeia e a guerra contra a Ucrânia", afirmou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

No início da rebelião, Yevgeny Prigozhin, fundador do grupo Wagner, prometeu "libertar o povo russo", com críticas em particular a seus dois grandes inimigos: o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, e o comandante do Estado-Maior, Valeri Guerasimov, acusados por Prigozhin de terem sacrificado milhares de combatentes na Ucrânia.


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Na Ucrânia, vários analistas consideram que a crise na Rússia poderia enfraquecer as tropas de Moscou na frente de batalha e beneficiar os soldados de Kiev, envolvidos em uma difícil contraofensiva há algumas semanas, graças à ajuda fornecida pelas potências ocidentais aliadas.

Nesta segunda-feira, a Suécia anunciou um "pacote humanitário de verão" de US$ 35 milhões de ajuda à Ucrânia, para atender às "necessidades mais urgentes", como alimentos, água, produtos de saúde, entre outros.


A vice-ministra ucraniana da Defesa, Ganna Maliar, informou que o Exército retomou 17 quilômetros quadrados das forças de Moscou, o que eleva o total de território recuperado para 130 km² desde o início de junho.

Além disso, Maliar afirmou que as tropas ucranianas recuperaram a localidade de Rivnopil, na região de Donetsk, na frente de batalha sul.

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