Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Cristãos egípcios dão último adeus aos quatro mortos em choque com muçulmanos

Internacional|Do R7

Cairo, 7 abr (EFE).- Milhares de cristãos egípcios deram o último adeus a quatro fiéis mortos no sábado em choques entre coptas e muçulmanos na cidade de Al Jusus, ao norte do Cairo, em funerais realizados neste domingo. Os funerais aconteceram na catedral copta de Abassiya, na capital, em meio a gritos dos presentes, que cantaram slogans contra o presidente egípcio, o islamita Mohammed Mursi, segundo meios de imprensa egípcios. Vários presentes, entre os quais havia ativistas e ex-deputados cristãos, levavam cartazes nos quais era possível ler "Atribuímos a Mursi a responsabilidade da morte de coptas" e "Não à discriminação e o assassinato dos coptas". O número de vítimas no confronto de sábado ainda é confuso. O porta-voz do Ministério da Saúde, Khaled al-Khatib, disse hoje à Agência Efe que houve quatro mortos e cinco feridos, enquanto alguns ativistas cristãos sustentam que são cinco os falecidos - um muçulmano e quatro coptas. No sábado, uma fonte dos serviços de segurança tinha informado que oito pessoas morreram nos choques ocorridos junto a uma igreja na população de Al Jusus, na província de Qaliubiya. "Não vamos deixar nossa fé. Seja o que façam conosco, permaneceremos cristãos", disse durante o funeral um dos secretários do papa copta, o bispo Rafael. A oração pelos mortos, todos jovens, foi interrompida várias vezes por gritos de alguns presentes que cantaram "Com o espírito e o sangue, sacrificamos o mártir", "Ou lhes damos seus direitos ou morremos como eles" e "Abaixo o poder do guia (espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badía)". Antes da chegada dos quatro ataúdes à catedral, centenas de coptas participaram de um protesto no exterior do templo contra os fatos ocorridos em Al Jusus. A Presidência egípcia emitiu no sábado um comunicado no qual condenou os choques e rejeitou qualquer ato contra a unidade do povo do Egito. Até o momento, as versões com relação ao motivo da explosão de violência são contraditórias, como costuma acontecer frequentemente nos episódios de violência religiosa que se registram neste país. Segundo fontes policiais, o enfrentamento foi originado por uma discussão entre um taxista muçulmano e uma passageira cristã, que derivou em choques durante os quais foi atacada a igreja de Mar Girgis. Alguns ativistas insistem em que a raiz da briga não teve uma motivação sectária, mas que, após a morte de um jovem muçulmano, aconteceram choques em grande escala que foram instigadados por clérigos radicais islâmicos que chamaram os muçulmanos para atacar aos cristãos. Outras fontes aponta que os enfrentamentos começaram depois que menores fizeram "grafiti" nos muros de um instituto dependente de Al-Azhar, o que acabou em uma briga com armas brancas. EFE hh/ff

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.