Resumindo a Notícia
- Cristina Kirchner foi condenada a seis anos de prisão por corrupção na Argentina
- A Justiça do país também exigiu a inabilitação política da vice-presidente do país
- Além de Kirchner, outras oito pessoas foram condenadas no mesmo processo
Cristina Kirchner durante trabalho de vice-presidente da Argentina
Charo Larisgoitia/Cristina Fernandez de Kirchner's Press service/AFP - 23.9.2022A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi condenada nesta terça-feira (6) a seis anos de prisão por um tribunal do país. A Justiça também decidiu que a ex-presidente não poderá assumir mais nenhum cargo público durante o resto da vida.
Kirchner teria cometido irregularidades na concessão de 51 contratos de obras públicas na província de Santa Cruz a companhias pertencentes ao empresário Lázaro Báez, durante o seu mandato de 2007 a 2015 e o do marido e antecessor dela na Presidência, Néstor Kirchner, entre 2003 e 2007.
Em uma breve fala, Kirchner lamentou a decisão da Justiça e deu a entender que a condenação foi elaborada antes mesmo do início das audiências. “Há três anos avisamos que a sentença já estava escrita”, disse a vice-presidente.
A pena imposta a Kirchner foi menor que a pedida pelos promotores, que desejavam 12 anos de prisão para a vice-presidente. Diego Luciani e Sergio Mola acusaram a viúva de Néstor de ter liderado uma associação ilegal que fraudou o Estado, com dezenas de irregularidades cometidas em um suposto conluio com Báez, sócio comercial da política, de acordo com informações do jornal argentino Clarín.
Assim como Kirchner, o empresário foi condenado a seis anos de prisão por admnistração fradulenta. Além dos já citados, foram sentenciados: José López e Nelson Pieriotti, a seis anos; Mauricio Collareda e José Raúl Santibáñez, a quatro anos; Raúl Daruich, a três anos e seis meses; Raúl Pavesi, a quatro anos e seis meses; e Juan Carlos Villafañe, a cinco anos.