Deputado mais rico da Rússia, que teria criticado guerra, é achado morto em hotel de luxo
Autoridades indianas investigam a morte de Pavel Antov, de 65 anos, que passava férias em Odisha, no leste do país
Internacional|Do R7
A polícia indiana investiga a morte de um rico deputado russo que teria criticado a guerra na Ucrânia e de seu companheiro em um hotel de luxo — anunciaram as autoridades nesta terça-feira (27).
O corpo de Pavel Antov, de 65 anos, foi encontrado no sábado (24) em uma poça de sangue em frente ao local onde se encontrava hospedado, no estado de Odisha (leste). Ele passava férias com outros três cidadãos russos.
Antov morreu dois dias depois que um de seus acompanhantes, Vladimir Bidenov, foi encontrado inconsciente após, supostamente, ter sofrido um ataque cardíaco no mesmo hotel.
"Por enquanto, parece que Antov caiu acidentalmente do terraço do hotel", disse à AFP o chefe da polícia regional, Rajesh Pandit.
"Provavelmente perturbado pela morte de seu amigo, ele se dirigiu para o terraço do hotel e, possivelmente, caiu de lá", acrescentou.
Antov, que representava o partido Rússia Unida, do presidente russo Vladimir Putin, era membro desde 2018 de um parlamento regional 150 km ao leste de Moscou.
Leia também
Antes de entrar para a política, fundou uma empresa de processamento de alimentos e, em 2019, foi classificado pela edição russa da revista Forbes como o mais rico de todos os parlamentares e funcionários de alto escalão do país.
Em junho, a imprensa russa publicou uma mensagem do WhatsApp atribuída a Antov na qual ele chamava de "terrorismo" um bombardeio do Kremlin contra a Ucrânia.
O deputado negou as acusações e insistiu em que apoiava a "operação militar especial" da Rússia no país vizinho.
"Todas as pistas possíveis estão sendo verificadas" em relação à morte de dois cidadãos russos, declarou Pandit.
Segundo o chefe policial, a parada cardíaca de Bidenov pode ter sido causada pelo consumo de álcool e uma possível overdose.
O policial afirmou que Antov e seus amigos visitaram várias cidades antes de chegarem ao hotel localizado na cidade de Rayagada.
A polícia disse que está revisando as imagens das câmeras de segurança e interrogando funcionários do hotel, enquanto espera relatórios detalhados da necropsia.
No curso da investigação, já foram ouvidos os outros dois russos do grupo, assim como dois agentes de viagens locais que os acompanhavam.
De 'apocalipse' a 'sopa de tomate': as palavras que marcaram 2022
![Apocalipse
Com a guerra na Ucrânia e as ameaças mais ou menos explícitas de Vladimir Putin, a possibilidade de uma guerra nuclear — ou pelo menos um ataque nuclear tático — voltou ao debate público como não acontecia havia décadas.
"Não enfrentamos a perspectiva do apocalipse desde [a presidência de John F.] Kennedy e a Crise dos Mísseis de Cuba", em 1962, resumiu o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no início de outubro.
Diante da ofensiva de Moscou, as potências com armas nucleares se viram forçadas a fazer perguntas sobre a própria capacidade de dissuasão e uma possível resposta](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/BDG5IUFKERNX7JSO63PQQ6WJYY.jpg?auth=a5b244c13c7062af1be28936a2f359c3f1b2efbac21d04a548ec89d2c62fa0f9&width=1500&height=1000)
O ano de 2022 é lembrado por diversos acontecimentos, como a guerra na Ucrânia, a morte da rainha Elizabeth 2ª, protestos da população chinesa contra a estrita política de "Covid zero" e manifestações no Irã devido à morte da jovem curdo-iraniana Mahsa...
O ano de 2022 é lembrado por diversos acontecimentos, como a guerra na Ucrânia, a morte da rainha Elizabeth 2ª, protestos da população chinesa contra a estrita política de "Covid zero" e manifestações no Irã devido à morte da jovem curdo-iraniana Mahsa Amini. Em razão disso, algumas palavras ou expressões marcaram o noticiário nos últimos meses. Saiba quais são elas