Os depoimentos de Virginia Giuffre, principal denunciante de Jeffrey Epstein e também do príncipe Andrew, do Reino Unido, foram tornados públicos esta semana, revelando detalhes da acusação. O documentos se referem a declarações feitas em 2016 e fazem parte de uma série de acusações ao magnata americano acusado de tráfico sexual de menores de idade. Epstein morreu em 2019, na cadeia.
Virgínia Giuffre foi contratada para ser massagista particular de Epstein quando tinha 16 anos e já testemunhou a respeito da participação do príncipe Andrew, afirmando ter mantido relações sexuais com ele antes de completar 18 anos.
Um dos focos do depoimento de Giuffre foi a atuação da ex-namorada de Epstein, Ghislaine Maxwell, apontada como principal cúmplice do esquema de tráfico e exploração sexual. Ela declarou que Ghislaine também mantinha relações sexuais com meninas menores de idade.
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Giuffre afirma que as relações aconteciam “praticamente todos os dias” quando eles estavam na ilha particular de Epstein nas Ilhas Virgens Americanas.
Apesar de ter presenciado os abusos, Giuffre diz que é difícil de determinar a idade das meninas sem questioná-las sobre, mas afirmou que “algumas delas pareciam muito novas” e que não acredita que nenhuma das vítimas do casal eram “participantes realmente dispostas”.
O casal ameaçava as meninas a aceitarem os abusos, disse Giuffre, sem dar detalhes das ameaças.
O caso Epstein
Jeffrey Epstein foi preso pelo FBI em julho do ano passado, mas não chegou a ser julgado e condenado porque se matou na cela da prisão de segurança máxima em que estava, em Nova York. Ele tinha sido acusado de tráfico sexual de menores de idade.
Ghislaine Maxwell era a conhecida ex-namorada do magnata e foi presa no dia 2 de julho acusada de tráfico sexual, sedução de menores e perjúrio. Ela não foi acusada de abuso sexual e nega ter participado dos crimes de Epstein.