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Em resposta às sanções ocidentais, entrega de gás russo à Alemanha cai para quase 20% da capacidade

Redução do fornecimento pelo gasoduto Nord Stream já havia sido anunciada; grupo italiano Eni também anunciou que irá receber menos gás da Rússia

Internacional|Do R7

Tubulações do gasoduto Nord Stream 1, em Lubmin, na Alemanha
Tubulações do gasoduto Nord Stream 1, em Lubmin, na Alemanha

As entregas de gás russo através do gasoduto Nord Stream para a Alemanha caíram nesta quarta-feira (27), conforme anunciado, para quase 20% da capacidade, segundo dados da operadora alemã Gascade.

Cerca de 17,3 gigawatts-hora (GWh) chegaram à Alemanha pela Rússia entre 08h00 e 09h00 horas (03h00 e 04h00 no horário de Brasília), em comparação com uma média de quase 29 GWh por hora nos últimos dias.

"Desde 08h00, o Nord Stream I transporta (...) 1,28 milhão de metros cúbicos por hora, o que representa cerca de 20% da capacidade máxima do gasoduto", disse a operadora alemã Gascade, que administra a rede na Alemanha.

O grupo italiano Eni também anunciou que foi informado pela Gazprom que as entregas de gás seriam limitadas a 27 milhões de metros cúbicos nesta quarta-feira, contra 34 milhões "nos últimos dias".


Antes da invasão russa à Ucrânia, o Nord Stream transportava cerca de 73 GWh por hora, abastecendo a Alemanha, que é particularmente dependente do gás russo, mas também outros países europeus através do Mar Báltico.

Mas a oferta caiu para 40% do normal em meados de junho, antes de uma paralisação completa de 10 dias para manutenção em julho. Desde então, os fluxos foram retomados.


Na segunda-feira (25), a gigante russa Gazprom anunciou que reduziria pela metade suas entregas diárias via Nord Stream a partir desta quarta-feira, alegando uma operação de manutenção em uma turbina.

Um porta-voz do Kremlin disse na última terça-feira (26) que a redução da oferta ocorre por conta das sanções ocidentais tomadas contra a Rússia após a invasão à Ucrânia. "Se não fossem estas restrições, tudo teria sido cumprido (...) dentro do prazo habitual", afirmou.


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No entanto, os países ocidentais rejeitam esse argumento e acusam Moscou de usar o gás como arma econômica e política.

O conflito está elevando os preços do gás na Europa, que atingiu seu recorde mais alto desde março na terça-feira.

Perante a ameaça de escassez antes do inverno, os 27 Estados-membros da União Europeia concordaram em reduzir o consumo de gás em pelo menos 15% entre agosto de 2022 e março de 2023, em comparação com a média dos últimos cinco anos do mesmo período.

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