Internacional Países da União Europeia chegam a acordo para diminuir consumo de gás e dependência da Rússia

Países da União Europeia chegam a acordo para diminuir consumo de gás e dependência da Rússia

Bloco pretende reduzir o uso em 15%; gigante estatal russa Gazprom cortará o fornecimento para a Europa nesta quarta (27)

AFP

Resumindo a Notícia

  • Corte de gás russo ameaça a Alemanha, que depende do produto para a produção de energia
  • Regulamento prevê a possibilidade de a redução da demanda de gás ser obrigatória
  • Objetivo é economizar o produto para o inverno e se preparar para interrupções russas
  • Rússia constantemente usa o fornecimento de energia como arma
Bandeiras da União Europeia na sede da Comissão do bloco, em Bruxelas

Bandeiras da União Europeia na sede da Comissão do bloco, em Bruxelas

Yves Herman/Reuters - 17.06.2022

Os Estados-membros da União Europeia chegaram a um acordo nesta terça-feira (26) para reduzir seu consumo de gás em 15% e diminuir sua dependência de suprimentos russos.

A Gazprom, gigante estatal russa, cortará o fornecimento para a Europa a partir desta quarta-feira (27), ameaçando economias como a Alemanha, que dependem do gás de Moscou para produção de energia e produtos químicos.

Mas os 27 membros da UE, que impuseram sanções econômicas à Rússia para puni-la por invadir a Ucrânia, se reuniram para definir uma forma de reduzir o uso de gás e compartilhar o fardo da escassez.

"Em um esforço para aumentar a segurança do abastecimento de energia da UE, os Estados-membros chegaram hoje a um acordo político sobre a redução voluntária da demanda de gás natural em 15% neste inverno", anunciou o conselho de ministros.

"O regulamento do conselho prevê ainda a possibilidade de ativar um ‘alerta da União’ sobre a segurança do abastecimento, caso em que a redução da demanda de gás seria obrigatória", continua o comunicado.

"O objetivo de reduzir a demanda de gás é economizar para o inverno para se preparar para possíveis interrupções no fornecimento de gás pela Rússia, que usa continuamente o fornecimento de energia como arma", afirma o texto.

O ministro da Energia de Luxemburgo, Claude Turmes, afirmou em tuíte que a Hungria foi o único Estado-membro a votar contra o plano, chamando-o de "a melhor medida para reagir à chantagem do gás de Putin".

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