Vídeo: Prigozhin falou sobre ameaças a sua vida dias antes de queda de avião
Líder do grupo Wagner morreu após a aeronave em que ele estava cair nos arredores de Moscou, no último dia 23 de agosto
Internacional|Do R7
Um vídeo do líder mercenário russo Yevgeny Prigozhin, publicado na quinta-feira (31) pelo canal Gray Zone Telegram, vinculado ao grupo Wagner, mostra o russo ainda na África, poucos dias antes de sua morte. As imagens sugerem que ele estaria preocupado com seu bem-estar e com possíveis ameaças a sua segurança.
A agência de notícias Reuters não conseguiu verificar o local ou a data exatos em que o vídeo foi filmado, mas é sabido que as imagens são recentes. Segundo o próprio Prigozhin, o registro foi feito no "fim da segunda quinzena de agosto de 2023".
"Para todos que estão discutindo se estou vivo ou não e como estou. Atualmente é fim de semana da segunda quinzena de agosto de 2023. Estou na África", afirma Prigozhin vídeo.
"Então, para aqueles que gostam de especular sobre minha vida privada, meu trabalho lá ou qualquer outra coisa: está tudo bem", acrescentou o líder mercenário.
Assista ao vídeo com legendas em inglês:
No último dia 23 de agosto, Prigozhin morreu após o avião em que ele estava, que voava de Moscou para São Petesburgo, cair e matar todas as dez pessoas a bordo. Os passageiros incluiam duas outras figuras importantes do grupo Wagner, quatro guarda-costas de Prigozhin e uma tripulação de três pessoas.
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Em um primeiro momento, não estava claro se Prigozhin estava a bordo, mas horas depois da queda, a morte do líder mercenário foi confirmada pelo grupo Wagner e também pela Autoridade Russa de Aviação Civil, um órgão equivalente à Anac no Brasil.
No último domingo (27), o Comitê de Investigação criado pela Rússia para investigar o acidente aéreo confirmou, por meio de um exame de DNA, que ele estava entre as vítimas e, na quarta-feira (30), o governo russo admitiu, pela primeira vez, que o oligarca russo pode ter sido assassinado.
"É óbvio que diferentes versões estão sendo consideradas, incluindo a versão — vocês sabem do que estamos falando —, digamos, de uma atrocidade deliberada", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres. "Vamos aguardar os resultados de nossa investigação russa", acrescentou.
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