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Centenas de russos homenageiam ex-líder do grupo Wagner em cemitério de São Petersburgo

Visitantes realizaram saudações militares e depositaram flores no túmulo daquele que disseram ser "um verdadeiro patriota"

Internacional|Do R7


Enterro foi mantido em segredo até ontem
Enterro foi mantido em segredo até ontem

Centenas de russos foram nesta quarta-feira (30) ao cemitério de Pokrovskoye, em São Petersburgo, para prestar homenagem ao chefe do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, sepultado na terça-feira em uma cerimônia privada.

Pessoas de todas as idades foram ao cemitério, que desde ontem é vigiado pela Guarda Nacional, em antecipação a possíveis incidentes, segundo informação do Shot, um canal do Telegram.

Em frente aos portões do cemitério, formaram-se filas quilométricas após a abertura para visitantes e jornalistas, que foram submetidos a um rigoroso controle policial.

Os visitantes faziam sinal da cruz, ajoelhavam, realizaram saudações militares e depositaram buquês de flores diante do que muitos descreveram como “um verdadeiro patriota”.

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Em frente ao túmulo, foram erguidas duas bandeiras, a da Rússia e a do grupo Wagner.

As manifestações de luto pela morte de Prigozhin não se limitam à antiga capital czarista, uma vez que, em Moscou, seus correligionários ergueram um imponente altar localizado a curta distância da Praça Vermelha.

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Segredo

Segundo os meios de comunicação próximos aos mercenários, a família escolheu o cemitério porque é onde também jazem os restos mortais do pai do empresário. Prigozhin morreu no último dia 23, quando o avião particular em que voava caiu a cerca de 300 quilômetros a noroeste de Moscou.

A cerimônia foi marcada pela discrição, já que as autoridades temiam possíveis incidentes por parte dos apoiantes mais radicais de Prigozhin, alguns dos quais acusam o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de ordenar seu assassinato.

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Na verdade, nem Putin nem outras autoridades russas compareceram à cerimônia, uma vez que Prigozhin se rebelou contra o Kremlin há apenas dois meses e era considerado traidor do governo.

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Segundo informou hoje o jornal Moscow Times, a decisão de realizar um enterro secreto foi tomada pelo Kremlin e pelo Serviço Federal de Segurança (FSB).

As fontes citadas pelo jornal apontam que o Kremlin nunca perdoou Prigozhin, nem tanto pela “traição”, mas pela “humilhação” que acarretou a revolta armada de 23 e 24 de junho, que colocou Putin em uma posição de fraqueza aos olhos de militares e cidadãos russos.

Dois dos principais canais de televisão públicos russos nem sequer noticiaram o enterro do chefe de Wagner, uma organização cujo futuro está agora em questão.

Quem foi Yevgeny Prigozhin, ex-lídero do grupo de mercenários Wagner

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