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Entenda o experimento russo que levou mais de 1.500 animais ao espaço em satélite

Cápsula passou 30 dias em órbita com ratos, moscas e plantas para estudo dos efeitos do espaço sobre diferentes formas de vida

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O satélite russo Bion-M nº 2, apelidado de "Arca de Noé", transportou mais de 1.500 animais e plantas ao espaço.
  • A cápsula permaneceu em órbita por 30 dias, estudando os efeitos da radiação e da microgravidade na vida.
  • Apesar de um pequeno incêndio durante o pouso na Rússia, a missão foi considerada bem-sucedida e os espécimes foram resgatados para análises detalhadas.
  • Resultados dos experimentos podem ajudar no desenvolvimento de tecnologias para futuras missões espaciais, como as viagens à Lua e Marte.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Especialistas examinam animais mantidos dentro do módulo Bion-M nº 2 Divulgação/Roscosmos

Um satélite russo transportando mais de 1.500 animais e plantas voltou à Terra após um mês em órbita. Conhecido como Bion-M nº 2, o módulo de descida foi apelidado de “Arca de Noé” pela quantidade de seres vivos enviados ao espaço. As informações são do jornal britânico The Sun e do site especializado Space.

O lançamento ocorreu em 20 de agosto, a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo de um foguete Soyuz-2.1b. A cápsula permaneceu em órbita polar, a cerca de 370 quilômetros de altitude, até pousar no último dia 19 nas estepes da região de Orenburg, na Rússia.


Entre os espécimes transportados, estavam 75 ratos, mais de 1.500 moscas, sementes de plantas, microrganismos e culturas de células. Todos foram submetidos a altos níveis de radiação cósmica durante a missão, que pretendia investigar como diferentes formas de vida reagem à ausência de gravidade e à exposição espacial prolongada.

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Apesar de a viagem no espaço ter ocorrido sem dificuldades, o retorno à Terra não foi isento de problemas. Imagens do local do pouso mostram que a queda do módulo causou um pequeno incêndio florestal, que foi rapidamente controlado por equipes de resgate, segundo o The Sun.


Três helicópteros participaram da operação para retirar os espécimes vivos e iniciar os primeiros exames ainda no local, em uma tenda médica montada pelos cientistas envolvidos na missão.

Especialistas analisaram, por exemplo, a atividade motora das moscas para identificar possíveis danos causados no sistema nervoso pela exposição espacial. Mais tarde, os animais e plantas foram levados depois ao Instituto de Problemas Biomédicos da Academia Russa de Ciências (IBMP), na capital Moscou, para estudos detalhados.


Queda do módulo causou um pequeno incêndio florestal em Orenburg, na Rússia Divulgação/Roscosmos

Programa de experimentos

De acordo com o site Space, a missão Bion-M nº 2 reuniu mais de 30 experimentos científicos, divididos em 10 seções. Entre eles:

  • Fisiologia gravitacional em animais: busca entender como a ausência de gravidade e a radiação afetam organismos vivos, com foco na saúde de futuros astronautas;
  • Biologia de plantas e microrganismos: avalia como fatores espaciais influenciam diferentes formas de vida e ecossistemas;
  • Biotecnologia e radiobiologia: inclui testes para garantir segurança radiológica em futuras naves tripuladas; e
  • Projeto estudantil: contou com experimentos preparados por alunos da Rússia e Belarus.

Um dos estudos mais curiosos, chamado “Meteorito”, ocorreu durante a reentrada da cápsula. Nele, rochas de basalto com cepas microbianas foram expostas ao calor extremo da atmosfera para testar a teoria da panspermia — hipótese de que a vida na Terra pode ter surgido a partir de microrganismos vindos do espaço.


Segundo a Roscosmos, a agência espacial russa, os resultados devem contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias de proteção à vida humana em missões de longa duração, como futuras viagens à Lua e a Marte.

Perguntas e Respostas

 

Qual foi o objetivo do experimento russo que levou mais de 1.500 animais ao espaço?

 

O objetivo do experimento foi investigar como diferentes formas de vida reagem à ausência de gravidade e à exposição espacial prolongada. A missão, conhecida como Bion-M nº 2, transportou 75 ratos, mais de 1.500 moscas, sementes de plantas, microrganismos e culturas de células.

 

Quando e onde ocorreu o lançamento do satélite?

 

O lançamento ocorreu em 20 de agosto, a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo de um foguete Soyuz-2.1b.

 

Quanto tempo o satélite permaneceu em órbita?

 

O satélite permaneceu em órbita por 30 dias, a cerca de 370 quilômetros de altitude, até pousar no dia 19 de setembro nas estepes da região de Orenburg, na Rússia.

 

Houve algum problema durante o retorno do satélite à Terra?

 

Sim, o retorno não foi isento de problemas. A queda do módulo causou um pequeno incêndio florestal, que foi rapidamente controlado por equipes de resgate.

 

Como foi feita a operação de resgate dos espécimes vivos?

 

Três helicópteros participaram da operação para retirar os espécimes vivos e iniciar os primeiros exames em uma tenda médica montada pelos cientistas envolvidos na missão.

 

Quais tipos de análises foram realizadas com os animais e plantas após o retorno?

 

Especialistas analisaram a atividade motora das moscas para identificar possíveis danos causados no sistema nervoso pela exposição espacial. Depois, os animais e plantas foram levados ao Instituto de Problemas Biomédicos da Academia Russa de Ciências (IBMP), em Moscou, para estudos detalhados.

 

Quais experimentos foram realizados durante a missão Bion-M nº 2?

 

A missão reuniu mais de 30 experimentos científicos, incluindo um estudo chamado “Meteorito”, que expôs rochas de basalto com cepas microbianas ao calor extremo da atmosfera durante a reentrada da cápsula, testando a teoria da panspermia.

 

Qual é a expectativa em relação aos resultados da missão?

 

Os resultados da missão devem contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias de proteção à vida humana em missões de longa duração, como futuras viagens à Lua e a Marte, segundo a Roscosmos, a agência espacial russa.

 

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