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Como a Europa pretende cultivar alimentos no espaço para diminuir custos com astronautas

Projeto da Agência Espacial Europeia testa cultivo em laboratório espacial para reduzir despesas de até R$ 140 mil por dia

Internacional|Do R7

Sacos variados de salgadinhos e comida desidratada oferecida pela Nasa, a agência espacial dos EUA Divulgação/Nasa

A ESA (Agência Espacial Europeia) lançou nesta terça-feira (22) um experimento para cultivar alimentos no espaço. A ideia é reduzir os altos custos de alimentação dos astronautas, que podem chegar a R$ 140 mil por dia, segundo a rede britânica BBC.

O projeto, enviado à órbita em um foguete Falcon 9 da SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, testa a viabilidade de produzir ingredientes como proteínas e carboidratos em condições de baixa gravidade e alta radiação.

Este é o primeiro passo para instalar uma fábrica de alimentos na Estação Espacial Internacional (EEI), projeto que a ESA pretende concluir em dois anos, de acordo com pesquisadores do Imperial College de Londres, responsáveis pelo experimento.

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A tecnologia, chamada fermentação de precisão, usa biorreatores para cultivar células em laboratório, criando alimentos como purê de batatas e até bifes. “Nosso sonho é ter fábricas em órbita e na Lua”, disse Aqeel Shamsul, CEO da Frontier Space, à BBC.


Atualmente, enviar comida à EEI é caro: cerca de R$ 140 mil por astronauta por dia. Com planos da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, e de outras agências para missões de longo prazo na Lua e em Marte, cultivar alimentos no espaço é essencial para tornar a vida fora da Terra viável.

Alimentos cultivados em laboratório, já vendidos como frango nos EUA e em Singapura, também prometem benefícios ambientais na Terra, como menor uso de terra e emissões reduzidas.


Como é a missão

A missão lançada nesta terça-feira pela ESA enviou ao espaço uma mistura de levedura em um minilaboratório a bordo da nave Phoenix, a primeira comercial retornável da Europa.

Após três horas orbitando a Terra, a amostra caiu na costa de Portugal e, agora, será analisada em Londres. Os dados guiarão a construção de um biorreator maior, planejado para ser lançado em 2026.


A ideia é que esse biorreator produza proteínas, gorduras e carboidratos para criar pratos variados, segundo os pesquisadores.

O chef Jakub Radzikowski, do Imperial College, disse à BBC que desenvolve receitas com amidos e proteínas de fungos para reproduzir pratos que remetem a culinárias globais, como a francesa e a indiana. “Queremos criar alimentos familiares que tragam conforto aos astronautas”.

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