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Erdogan homenageia impulsora do uso moderno do véu na Turquia

Presidente turco disse que ideias de Sule Yüksel Senler supuseram 'ponto de inflexão' desde que decidiu em 1965 usar o véu em sinal de religiosidade

Internacional|Da EFE

Erdogan compareceu ao funeral de Sule Yüksel Senler
Erdogan compareceu ao funeral de Sule Yüksel Senler

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, destacou nesta quinta-feira (28) o "significativo legado" da escritora Sule Yüksel Senler, grande ideóloga do islamismo na Turquia e promotora do uso do véu na Turquia, que morreu aos 81 anos nesta quarta-feira.

Durante o funeral, o político islamita lembrou que as ideias desta pensadora islamita supuseram "um ponto de inflexão para muitas mulheres e homens" desde que decidiu em 1965 usar o véu em sinal de religiosidade.

A própria esposa do presidente, Emine Erdogan, foi na juventude discípula de Sule Yüksel Senler, então dirigente de uma associação feminina que propagava as doutrinas da seita fundamentalista do predicador Said Nursi.

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A própria Emine Erdogan contou que conheceu o marido em um dos atos organizados por Senler.


A imprensa turca apontou o papel de Sule Yüksel Senler como "criadora" do véu islâmico moderno, ao propagar um design urbano e atrativo, que se diferenciava do lenço associado até então às camponesas.

Durante várias décadas, este modelo, muito similar ao que hoje é conhecido universalmente como hijab, inclusive chamava-se "Sulebas" (Cabeça de Sule) na Turquia.


"Um dos primeiros nomes na luta a favor do véu, que se dedicou durante toda a sua vida a conscientizar a juventude", disse ontem Erdogan em mensagem no Twitter.

O véu desenvolvido por Senler se transformou em um símbolo do islamismo político turco e seu uso esteve proibido nas universidades e para a funcionárias entre 1982 e 2013, quando o Governo de Erdogan suspendeu o veto.

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