Escócia aprova aulas sobre direitos LGBTs nas escolas públicas
Vice-primeiro ministro afirmou que sistema de educação deve apoiar a todos e que é vital que o currículo seja tão diverso quanto os jovens nas escolas
Internacional|Carolina Vilela do R7*, com agências internacionais
A Escócia será o primeiro país do mundo a colocar direitos de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais na grade escolar. As informações são do jornal The Guardian.
Os ministros aceitaram as recomendações de um grupo que lidera a campanha Time for Inclusive Education (TIE) ("tempo para A educação inclusiva", em tradução livre) e os alunos das escolas públicas começarão a ter aulas sobre a história dos movimentos LGBTI e também aprenderão como combater a homofobia, a transfobia e sobre identidade LGBTI.
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“Esta é uma vitória monumental para a nossa campanha e um momento histórico para o nosso país. É a primeira implementação da educação inclusiva LGBTI em todas as escolas públicas de um país no mundo", afirmou Jordan Daly, co-fundador da TIE. "Em um momento de incerteza global, isso envia uma mensagem forte e clara aos jovens LGBTI de que eles são valorizados aqui na Escócia”
De acordo com o jornal, um estudo realizado pelo TIE mostou que nove a cada 10 LGBTI escoceses sofreram com a homofobia nas escola e 27% tentaram se matar após serem vítimas de bullying.
“A Escócia já é considerada um dos países mais progressistas da Europa para a igualdade LGBTI. Tenho o prazer de anunciar que seremos o primeiro país do mundo a ter uma educação inclusiva para LGBTI inserida no currículo", disse o vice-primeiro ministro escocês, John Swinney.
“Nosso sistema de educação deve apoiar a todos para que alcancem seu pleno potencial. É por isso que é vital que o currículo seja tão diverso quanto os jovens que aprendem em nossas escolas."
"O parlamento mais gay do mundo"
A Escócia é considereda atualmente como um dos melhores países da Europa em relação às proteções para pessoas LGBTI.
Em 2016, a ex-líder trabalhista escocesa, Kezia Dugdale, descreveu o país como tendo “o parlamento mais gay do mundo”. Na época, quatro dos seis líderes partidários da Escócia se identificavam como LGBTI.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Cristina Charão