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Espiões da Rússia atuam para levar migrantes ilegais à Europa, diz ministro

Ministro do Interior búlgaro, Daniel Mitov, afirma que agentes russos fornecem informações estratégicas a redes criminosas

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Espiões da Rússia estariam colaborando com gangues de tráfico de migrantes, afirma o ministro do Interior búlgaro, Daniel Mitov.
  • Agentes russos identificam vulnerabilidades nas fronteiras da UE para ajudar contrabandistas a evitar deportações.
  • O aumento da migração irregular gera riscos de segurança e pressiona sistemas de bem-estar social na Europa, segundo o ministro.
  • A Bulgária participará de uma cúpula em Londres para discutir medidas de contenção das rotas ilegais de migrantes.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Bandeiras da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica, em imagem de arquivo Divulgação/Guillaume Périgois/Unsplash

Espiões da Rússia estariam colaborando com gangues que levam migrantes ilegais para a Europa, disse o ministro do Interior da Bulgária, Daniel Mitov, em uma entrevista ao jornal britânico The Times.

De acordo com Mitov, o governo búlgaro possui evidências de ligações diretas entre a agência de inteligência estrangeira russa e redes criminosas que atuam na travessia ilegal de migrantes.


Ele afirma que agentes russos identificam pontos vulneráveis nas fronteiras da UE (União Europeia) – como a que separa Bulgária e Turquia – e orientam os contrabandistas sobre como explorar falhas nos sistemas de asilo e evitar deportações.

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Segundo Mitov o aumento da migração irregular pressiona os sistemas de bem-estar social e cria riscos de segurança, especialmente quando há indivíduos radicalizados entre os migrantes.


“Os fluxos de migração ilegal são um instrumento para regimes hostis desestabilizarem a União Europeia e o Reino Unido”, disse ele. A secretária de Estado britânica Yvette Cooper concordou com a avaliação e afirmou que a ameaça “é real, crescente e muito séria”.

Ela defendeu o fortalecimento da cooperação internacional para combater o tráfico de pessoas e proteger as fronteiras europeias, com o fornecimento de equipamentos, inteligência e treinamento a países como a Bulgária.


Cúpula em Londres

A Bulgária participará nesta quarta-feira (22) de uma cúpula sobre migração ilegal em Londres, organizada pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. O encontro reunirá líderes europeus para discutir medidas de contenção das rotas ilegais pelos Bálcãs Ocidentais, uma das principais portas de entrada de migrantes na UE.

O Reino Unido também deve tentar avançar nas negociações para criar “centros de retorno” em países da região, que receberiam solicitantes de asilo rejeitados em troca de apoio financeiro e compartilhamento de informações de inteligência, segundo o jornal britânico Daily Mail.


Bulgária como ‘porta de entrada’

Desde janeiro, a Bulgária faz parte da área de livre circulação Schengen, o que transformou a fronteira de 260 quilômetros com a Turquia em um dos principais pontos de vigilância da UE. Mitov disse que o país é agora “a porta de entrada para a Europa” e precisa de reforço externo.

O ministro ainda fez uma acusação controversa ao afirmar que algumas organizações não governamentais (ONGs) estariam colaborando – mesmo que involuntariamente – com os contrabandistas.

As declarações ocorrem em meio a novas deportações do Reino Unido para a França. Segundo o Daily Mail, 16 pessoas foram removidas nesta semana, elevando para 42 o total de migrantes expulsos desde a entrada em vigor de um acordo bilateral entre os dois países.

A secretária do Interior britânica, Shabana Mahmood, chamou a ação de “o maior voo de retorno sob nosso acordo histórico com os franceses”. Ela afirmou que a medida envia “um aviso àqueles que tentam entrar ilegalmente no país”.

O acordo entre Londres e Paris, assinado no início deste ano, procura desestimular a perigosa travessia de migrantes no Canal da Mancha e reduzir a atuação de redes de contrabando na região.

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