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Estados Unidos e China são parceiros muito difíceis de serem substituídos, avalia economista

Presidente Donald Trump ameaçou chineses com novas restrições após diminuição de exportações de soja para o país asiático

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Donald Trump ameaça encerrar laços comerciais com a China, mencionando a suspensão das compras de soja.
  • China reduz importações de soja dos EUA, aumentando compras do Brasil e Argentina.
  • Economista Rodrigo Simões destaca a complexidade das negociações comerciais entre os dois países.
  • Substituir parceiros comerciais é uma tarefa difícil devido às populações consumidoras e custos competitivos.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou encerrar alguns dos laços comerciais com a China — um dos seus maiores parceiros comerciais. O republicano mencionou a possibilidade de parar de comprar óleo de cozinha e classificou a suspensão dos embarques de soja do país norte-americano pelos chineses como ato economicamente hostil.

Tal decisão veio após o país asiático, que é o maior comprador mundial de soja, nos últimos meses, diminuir o volume das compras do grão vindo dos Estados Unidos — o que vem preocupando os americanos. Ao invés do produto americano, os chineses aumentaram as compras do Brasil e da Argentina para contornar as disputas tarifárias e comerciais.


Em entrevista ao Conexão Record News desta quarta-feira (15), Rodrigo Simões, economista e professor da Faculdade do Comércio, avalia como muito mais complexa as negociações entre os dois países, dado o tamanho e proeminência de ambos no comércio global. Do lado dos Estados Unidos, o professor menciona a pressão para a negociação das terras raras, fundamentais para a produção de diversos produtos eletrônicos e com grande parte da concentração mundial na China.

Simões também lembra os efeitos que a guerra tarifária reflete em todo o mundo, como na União Europeia, no Mercosul e no Brasil. Ele ressalta que a ação do governo Trump busca reindustrializar o país, com a isenção de tarifas para fábricas em solo americano, mas que não é uma operação fácil de ser realizada de pronto, necessitando um longo período de implementação. Outro ponto é a preparação da China para esse cenário após o primeiro mandato de Trump.


Donald Trump cogitou a possibilidade de parar de comprar óleo de cozinha e classificou ações chinesas como economicamente hostil Reprodução/Record News - 06.10.25

“Aí acredita que se impondo a tarifa você consegue dar uma bagunçada ali no tabuleiro de xadrez, onde o Donald Trump tenta com essa estratégia desestabilizar. Só que a China já vinha se preparando para isso, porque lá em 2017 Donald Trump também agiu com tarifas no comércio internacional e agora todo o Ministério de Finanças da China já vinha preparando”, comenta.

Apesar das movimentações e tensões crescentes, o economista acredita que substituir completamente parceiros comerciais ou ignorar a existência do outro, seja do lado chinês ou americano, é uma tarefa complexa mesmo com as constantes mudanças globais comerciais contínuas desde o início da guerra na Ucrânia. Por serem dois parceiros com grande populações consumidoras e produtos com preços competitivos, no caso chinês, encontrar substitutos se torna difícil.


“Por exemplo, dos carros chineses que vêm para o Brasil com o valor agregado que tem em comparação a outras marcas, você vê que é muito competitivo, são produtos similares. Não estou aqui defendendo os produtos chineses, mas você vê que eles têm um custo de produção muito menor. Então isso afeta a economia americana porque não consegue ser tão competitiva como a economia chinesa”, finaliza Simões.

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