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Estudantes da Flórida protagonizam debate sobre armas nos EUA

Após tiroteio em escola em Parkland, organizações e alunos planejam marchas e discussões abertas sobre a letalidade das armas de fogo no país

Internacional|Beatriz Sanz, do R7 com agências internacionais

Emma Gonzalez é uma das alunas que pede maior controle de armas
Emma Gonzalez é uma das alunas que pede maior controle de armas

Depois do massacre que deixou 17 mortos e 12 feridos em uma escola na Flórida, nos Estados Unidos, no último dia 14, os alunos da escola Marjory Stoneman Douglas estão se organizando e tomando a frente do debate sobre o controle de armas no país.

Com o apoio de diversas organizações, os estudantes da Flórida estão à frente de uma intensa agenda de eventos públicos para debater a questão, que culminará com uma marcha nacional convocada para o dia 24 de março, em Washington.

Já no fim de semana, os jovens de Stoneman Douglas bateram de frente com o presidente Donald Trump

Na sexta-feira (16), Trump visitou as vítimas que ainda estão no hospital e as famílias que perderam seus entes queridos no tiroteio na escola. Mas durante sua passagem pela Flórida, em nenhum momento falou sobre a posse de armas.


Emma Gonzalez, uma das alunas que sobreviveu ao ataque confrontou o presidente em um discurso que fez no sábado durante uma manifestação sobre o tema que aconteceu na cidade de Fort Lauderdale, há cerca de 40 quilômetros de Parkland, onde o massacre ocorreu.

“Se o presidente quiser vir até mim e me dizer na minha cara que foi uma tragédia terrível e como isso nunca deveria ter acontecido, e continuar nos dizendo como nada vai ser feito sobre isso, eu vou perguntar feliz quanto dinheiro ele recebeu da Associação Nacional do Rifle", disse Gonzalez. "Eu já sei — 30 milhões de dólares".


A NRA (sigla em ingles para Associação Nacional do Rifle) é uma das maiores doadoras para campanhas de políticos nos Estados Unidos, o que dificulta que leis sobre o tema sejam analisados pelo congresso. A NRA faz uma campanha oposta para que funcionários de escolas estejam armados para evitar massacres como o da Flórida.

Em entrevista à rede de televisão CNN, o jovem Cameron Kasky afirmou: "Vocês estão conosco ou contra nós. Estamos perdendo nossas vidas enquanto os adultos estão brincando."


Marchas pelo controle de armas

Inspirados pelo movimento da Marcha das Mulheres, os estudantes americanos começaram a organizar sua própria marcha. O ato está marcado para o dia 24 de março, em Washington.

O site oficial da Marcha pelas Nossas Vidas apresenta um manifesto sobre a posse de armas e os massacres constantes nas escolas americanas.

"Toda criança neste país agora vai à escola se perguntando se este dia pode ser seu último. Nós vivemos com medo. Não tem que ser assim. A mudança está chegando. E começa agora, inspirado e liderado pelas crianças que são a nossa esperança para o futuro. Suas vozes jovens serão ouvidas", diz o manifesto.

Antes desse grande evento, outros estão sendo planejados. O primeiro é um debate sobre o controle de armas que acontecerá na Prefeitura de Parkland e será organizado pelos estudantes da escola Stoneman Douglas no dia 21 de fevereiro.

A rede CNN fará a transmissão do evento. Políticos Republicanos e Democratas confirmaram presença, como os senadores Marco Rubio (R) e Bill Nelson (D) e o deputado Ted Deutch (D). Donald Trump e o governador do estado, Rick Scott, recusaram o convite.

No dia 14 de março, quando o ataque completar um mês, as organizadoras da Marcha das Mulheres pediram para que professores façam uma pausa de 17 minutos. Um por cada vítima fatal do massacre.

Trump volta à Flórida

Trump tem planos de realizar sua próprio evento sobre o tema. Segundo a Casa Branca, que não revelou muitos detalhes, o presidente convidou alunos da escola Marjory Stoneman Douglas para uma “sessão de escuta” que deverá acontecer no mesmo dia. Alguns alunos já afirmaram que não pretendem comparecer ao evento.

“Se Donald Trump quisesse nos escutar, ele deveria ter aceito o nosso convite”, afirmou o sobrevivente Alex Wind, que recusou o convite da Casa Branca.

Nesta segunda, a Casa Branca afirmou que Trump apoia um projeto bipartidário para ampliar o sistema de checagem de antecedentes criminais e psicológicos na venda de armas nos EUA.

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