EUA consultam aliados após formação de governo Talibã
Governo norte-americano quer aumentar pressão internacional para garantir que afegãos insatisfeitos possam sair do país
Internacional|Do R7
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, consultará na Alemanha os aliados de Washington sobre a situação no Afeganistão após o anúncio do novo governo Talibã.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos saiu do Qatar, onde esteve no principal centro de trânsito de refugiados afegãos, com destino à Alemanha, país em que visitará a base aérea americana de Ramstein, por onde passam milhares de pessoas que deixaram o Afeganistão.
Em Ramstein, Blinken se reunirá com o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, antes de um encontro virtual com os ministros de 20 países sobre a situação no Afeganistão. O governo dos Estados Unidos quer aumentar a pressão internacional para que o Talibã cumpra o compromisso de permitir a saída dos afegãos que desejam abandonar o país.
As conversas podem servir para coordenar uma resposta ao governo interino anunciado na última terça-feira (7), formado por integrantes de linha dura do Talibã, incluindo um ministro do Interior procurado pelos Estados Unidos por terrorismo, e sem mulheres.
A o governo americano expressou preocupação com a formação da nova liderança afegã, mas destacou que a julgará por suas ações. Aliados dos Estados Unidos criticaram a forma como o presidente Joe Biden concluiu a guerra de 20 anos no Afeganistão, que resultou na queda do governo apoiado pelas potências ocidentais.
Armin Laschet, candidato a sucessão da chanceler alemã Angela Merkel, chamou a missão no Afeganistão como "o maior fiasco" na história da Otan (aliança militar ocidental).
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Blinken afirmou que o governo americano trabalhará com seus aliados para exercer pressão diplomática e econômica no Afeganistão após a retirada das tropas.
Em 2019, doadores estrangeiros liderados pelos Estados Unidos contribuíram com 75% dos gastos públicos do Afeganistão, um dos países mais pobres do mundo. A economia afegã se deteriorou ainda mais após o colapso do governo respaldado pelo Ocidente.
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