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EUA dizem que China e Rússia têm influência para impedir teste nuclear da Coreia do Norte

País foi proibido há muito tempo de realizar exercícios e lançamentos de mísseis balísticos pelo Conselho de Segurança

Internacional|Do R7

Pessoas assistem a um noticiário com imagens de arquivo de um teste de míssil norte-coreano
Pessoas assistem a um noticiário com imagens de arquivo de um teste de míssil norte-coreano JUNG YEON-JE/AFP

Os Estados Unidos acreditam que a China e a Rússia têm influência suficiente para persuadir a Coreia do Norte a não retomar testes de bombas nucleares, disse um alto funcionário do governo americano nesta quinta-feira (4).

A autoridade, que falou à Reuters sob a condição de anonimato, disse que, embora os Estados Unidos tenham dito em maio que a Coreia do Norte vinha se preparando para retomar os testes nucleares pela primeira vez desde 2017, não estava claro quando eles poderiam ser realizados. 

"Temos um alto nível de confiança de que eles fizeram os preparativos", disse ele. "Acreditamos que eles poderiam fazer isso... Não posso dizer que achamos que será hoje pela seguinte razão: porque simplesmente não temos esse nível de conhecimento."

Washington queria que a Rússia e a China fizessem o que pudessem para dissuadir Pyongyang, capital norte-coreana. 


"Nós achamos que eles [Coreia do Norte] estão fazendo cálculos sobre o grau de receptividade para outros na região, eu acho, particularmente Rússia e China. E eu acho que as atitudes russas e chinesas têm influência sobre eles."

A autoridade disse depois que os Estados Unidos pediram ao Conselho de Segurança da ONU que se reunisse publicamente para discutir assuntos que envolvem a Coreia do Norte nesta sexta-feira (4), após uma série de lançamentos de mísseis, incluindo o que o Pentágono disse ser um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês).


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A Coreia do Norte há muito tempo foi proibida de realizar testes nucleares e lançamentos de mísseis balísticos pelo Conselho de Segurança da ONU, que reforçou as sanções a Pyongyang ao longo dos anos para tentar cortar o financiamento desses programas.

No entanto, nos últimos anos, o corpo de 15 membros foi dividido sobre como lidar com a Coreia do Norte. Embora tanto a Rússia quanto a China tenham apoiado sanções mais rígidas após o último teste nuclear norte-coreano, em maio eles vetaram um esforço liderado pelos EUA para impor mais sanções da ONU sobre os novos lançamentos de mísseis balísticos do país.


A autoridade dos Estados Unidos disse que Pyongyang pode ter adiado a retomada dos testes nucleares por causa da China, incluindo o congresso do Partido Comunista recentemente concluído, e devido ao surto de Covid-19 da Coreia do Norte em maio e junho.

Ele disse acreditar que a última crise deixou a Coreia do Norte "mais focada em maneiras pelas quais eles poderiam obter apoio particularmente da China".

"A China e a Rússia há muito se opõem ao programa nuclear da RPDC", disse o funcionário referindo-se à Coreia do Norte pelas iniciais do nome oficial. "Então, é nossa crença, e certamente é nossa expectativa, que eles usem a influência que têm para tentar fazer com que a RPDC não conduza um teste nuclear".

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