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EUA escolheram sacrificar segurança para proteger Netanyahu, diz Irã na ONU

Segundo o embaixador do Irã, a resposta ao ataque dos EUA vai ser decidida pelas forças militares

Internacional|Rute Moraes, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, afirmou que ataque dos EUA contra seu país é 'mancha' na história política americana Reprodução/YouTube - 22/06/2025

O embaixador do Irã na ONU (Organização das Nações Unidas), Amir Saeid Iravani, disse, neste domingo (22), que os EUA, ao atacar o Irã, escolheram “sacrificar a segurança” para proteger o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a quem Iravani se refere como “criminoso de guerra”.

“Outra mancha hoje surgiu na história política dos EUA. No começo de junho, dia 22, foi realizado um ataque dessa agenda violenta. O criminoso de guerra, Benjamin Netanyahu, conseguiu arrastar os EUA para mais uma guerra custosa e sem base. A América escolheu, mais uma vez, sacrificar sua segurança para proteger Netanyahu", afirmou o embaixador durante reunião do conselho de segurança da ONU.


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O encontro do conselho ocorreu após pedido do embaixador. Na noite do sábado (21), os EUA atacaram três instalações nucleares do Irã durante uma ofensiva coordenada e mantida em sigilo até sua execução.

Iravani afirmou que o Irã avisou aos líderes mundiais que a escalada de conflito entre seu país, os EUA e Israel deveria ser evitada. Ele ainda lembrou que o Irã possui o direito internacional de se defender do ataque dos EUA e que a “natureza e proporcionalidade da resposta será decidida por nossas forças militares”.


O embaixador ressaltou que é falsa a afirmação de que o Irã prepare armas nucleares, pois é impedido. “Essa agressão é uma violação do direito internacional. Viola os princípios da carta da ONU, que categoricamente proíbe a ameaça e o uso de força contra a integridade territorial de qualquer estado-membro”, afirmou.

Ele ainda lembrou que o ataque viola o estatuto da AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica). Para Iravani, os EUA ignoram a carta da ONU desde a “invasão ilegal ao Afeganistão”.


Ele também classificou o ataque de Israel, em 13 de julho, e o dos EUA, no sábado, como “ações motivadas politicamente pelos EUA e seus parceiros europeus”, o que inclui o Reino Unido, a França e a Alemanha.

O embaixador ainda afirmou que os EUA e Israel são responsáveis pelas mortes de civis. “Os EUA, o regime isralense e o diretor a AIEA terão responsabilização pela morte de civis inocentes no Irã, especialmente mulheres e crianças, e pela destruição de infraestrutura civil”, afirmou.


Ele lembrou que, antes da primeira ofensiva israelense, o Irã se preparava para uma próxima rodada de negociações, mas que Israel, ao atacar o país, “destruiu a diplomacia”. O embaixador também acusou os EUA de destruírem a diplomacia.

Iravani também afirmou que o Irã “nunca saiu” da mesa de negociações pelo cessar-fogo. O Irã é acusado de violar o tratado de não-proliferação de armas nucleares, mas o embaixador alega que o tratado foi “manipulado como uma arma política”, sendo “usado como pretexto para danificar os interesses” do Irã.

Embaixador do Irã critica conselho da ONU

O embaixador disse que o conselho está de “olhos fechados” e que isso, atrelado ao ataque dos EUA, é uma “desgraça moral e política”. “É uma vergonha que mancha a credibilidade desses órgãos internacionais”, afirmou.

Ele lembrou ainda da função do conselho, que é manter a paz e a segurança internacional, e disse que os EUA e Israel estão “erodindo o Estado de Direito”.

Por fim, o embaixador pediu que o conselho vigie as instalações nucleares de Israel e condene os ataques. Para ele, se o colegiado não fizer isso, vai ficar com tais ações na “consciência”, como ocorreu na Faixa de Gaza.

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