EUA: Putin vai 'mendigar' ajuda da Coreia do Norte para continuar guerra na Ucrânia

O encontro com Kim Jong-un mostra que o presidente russo está desesperado e sem opções, disse um porta-voz dos EUA

11/09/2023 - 18h25 (Atualizado em 20/04/2024 - 04h17)

Os Estados Unidos disseram, nesta segunda-feira (11), que o presidente russo, Vladimir Putin, está desesperado com o conflito na Ucrânia, vide sua reunião com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e renovaram suas advertências de que qualquer acordo de armas pode desencadear sanções americanas.

"Ao ter que viajar por seu próprio país para se encontrar com um pária internacional e pedir-lhe ajuda em uma guerra que esperava vencer no primeiro mês, eu descreveria como uma súplica por ajuda", disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

A declaração chega pouco depois que o Kremlin e a agência norte-coreana de notícias KCNA anunciaram, nesta segunda (11), que Kim visitaria a Rússia "nos próximos dias" para se reunir com o mandatário russo.

"O presidente Putin lançou essa guerra contra a Ucrânia, com sua agressão em larga escala, com o sonho de restaurar a glória do império russo. Essa esperança, essa expectativa sua fracassou", disse Miller.

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O porta-voz americano acrescentou que Putin vai "mendigar" apoio nas conversas previstas na cidade russa de Vladivostok, após ele ter perdido a cúpula do G20, em Nova Déli, devido à sua condição de "pária".

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"Lembro a ambos os países que qualquer transferência de armas da Coreia do Norte para a Rússia supõe uma violação de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", declarou Miller.

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"Certamente, impusemos agressivamente sanções contra entidades que financiam o esforço bélico da Rússia [...] e não hesitaremos em impor novas sanções conforme se corresponda."

Em aparição rara, filha de 10 anos de Kim Jong-un aplaude desfile de armas e mísseis da Coreia do Norte

A ditadura da Coreia do Norte mostrou ao mundo, numa aparição rara, a filha de 10 anos de Kim Jong-un. Das poltronas revestidas de couro e de uma sacada especialmente construída para a família que domina o país, símbolos de ostentação e riqueza, Kim Ju-ae acompanhou e aplaudiu de pé o desfile militar em comemoração dos 75 anos da criação do país

As aparições da criança, antes mantida escondida da imprensa estatal da Coreia do Norte, estão cada vez mais frequentes e, quase sempre, associadas a eventos militares

O desfile militar mostrou ao país lançadores de foguetes, carregados por caminhões e tratores. Tudo foi acompanhado de perto por uma comitiva da China, liderada pelo vice-primeiro-ministro do país, Liu Guozhong. Já a Rússia, outra aliada da ditadura norte-coreana, enviou um grupo militar para tocar e dançar

Kim Jong-un e Kim Ju-ae trocaram cochichos, bateram palmas e gargalharam durante a apresentação em Pyongyang, diretamente do espaço reservado ao pai na praça Kim Il-sung, que recebe esse nome em homenagem ao avô dele

Desde novembro passado, Kim Jong-un leva, cada vez mais, a criança de 10 anos a apresentações militares. Alguns analistas internacionais entendem que o ditador, ao levar a filha aos eventos, quer mostrar ao mundo que não está disposto a abrir mão voluntariamente das armas nucleares que tem

Ao mesmo tempo, o ditador mostra ao mundo que vai tocar adiante a sua dinastia, que deve ser herdada pela filha. Os Estados Unidos informaram que a Coreia do Norte planeja ainda um encontro com Vladimir Putin, presidente da Rússia, para fornecer munições

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