EUA testam drones armados para prevenir massacres em escolas; entenda
Tecnologia será implantada em escolas da Flórida com drones que respondem a ataques em segundos e usam projéteis não letais
Internacional|Do R7
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A Flórida, nos Estados Unidos, vai testar uma nova tecnologia de drones armados para aumentar a segurança em escolas e prevenir tiroteios em massa. A iniciativa, aprovada pelo governador Ron DeSantis, será implementada em três distritos escolares do estado.
O sistema, chamado “Campus Guardian Angel”, desenvolvido por uma empresa do Texas, promete resposta rápida contra atiradores, com ação em até 15 segundos. O início da operação está previsto para janeiro de 2026.
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Segundo a revista norte-americana Newsweek, os drones serão armazenados em caixas de segurança dentro das escolas e acionados por botões de pânico silenciosos em até cinco segundos.
Operados remotamente a partir de um centro em Austin, Texas, os equipamentos transmitem imagens em tempo real para policiais e equipes de emergência. Eles são equipados com projéteis não letais, como balas de pimenta, para criar distrações estratégicas, e ferramentas para quebrar vidros, facilitando o acesso às salas de aula.
O CEO da Campus Guardian Angel, Justin Marston, disse que os drones ajudam a localizar o atirador antes mesmo da chegada da polícia. “Mostramos exatamente o que está acontecendo, onde o suspeito está. Policiais que viram a operação disseram que querem essa tecnologia”, afirmou à Newsweek.
Marston acrescentou que o sistema, fornecendo detalhes à polícia antecipadamente, reduz o risco para os agentes, que muitas vezes enfrentam situações sem informações prévias.
Resposta rápida
Em comunicado, a Campus Guardian Angel informou que os drones podem enfrentar um atirador em 15 segundos, contra os três minutos que a polícia geralmente leva para chegar ao local.
Equipados com sirenes e capazes de subir escadas e quebrar janelas, os drones usam táticas como colisões diretas ou disparos de spray de pimenta para incapacitar o agressor. “Nosso objetivo é tornar profundamente desagradável a ideia de atacar uma escola”, disse Marston ao jornal britânico Daily Mail.
O projeto-piloto, financiado com US$ 557 mil (cerca de R$ 3 milhões) pelo governo da Flórida, será testado em duas escolas antes da instalação completa.
Cada caixa de drones, que custa entre US$ 9 mil e US$ 15 mil, contém três a seis unidades, dependendo do tamanho da escola. Uma escola com 500 alunos pode precisar de 20 a 40 drones, segundo a Campus Guardian Angel.
Violência crescente
A iniciativa surge em resposta aos altos índices de violência armada em escolas norte-americanas. Dados do K-12 School Shooting Database mostram que, desde 2018, a Flórida registrou mais de 60 incidentes com armas de fogo em instituições de ensino. Em 2024, os EUA tiveram 337 tiroteios escolares, com 267 crianças mortas ou feridas.
A tecnologia também é vista como uma alternativa econômica, custando menos que os US$ 17 bilhões gastos anualmente com segurança escolar, segundo a Casa Branca.
No Texas, onde o tiroteio de Uvalde em 2022 expôs falhas na resposta policial, o sistema também será implementado, segundo o projeto. Na ocasião, quase 400 agentes levaram mais de 70 minutos para neutralizar o atirador, que matou 19 crianças e dois professores.
Perguntas e respostas
Qual é a nova tecnologia que a Flórida vai testar para aumentar a segurança nas escolas?
A Flórida vai testar uma nova tecnologia de drones armados chamada “Campus Guardian Angel” para aumentar a segurança em escolas e prevenir tiroteios em massa. A iniciativa foi aprovada pelo governador Ron DeSantis e será implementada em três distritos escolares do estado.
Como funciona o sistema de drones?
O sistema promete uma resposta rápida contra atiradores, com ação em até 15 segundos. Os drones serão armazenados em caixas de segurança dentro das escolas e poderão ser acionados por botões de pânico silenciosos em até cinco segundos. Operados remotamente a partir de um centro em Austin, Texas, eles transmitem imagens em tempo real para policiais e equipes de emergência.
Que tipo de armamento os drones utilizarão?
Os drones são equipados com projéteis não letais, como balas de pimenta, para criar distrações estratégicas, além de ferramentas para quebrar vidros, facilitando o acesso às salas de aula.
Qual é a opinião do CEO da Campus Guardian Angel sobre a tecnologia?
Justin Marston, CEO da Campus Guardian Angel, afirmou que os drones ajudam a localizar o atirador antes da chegada da polícia, proporcionando informações detalhadas que reduzem o risco para os agentes. Ele destacou que a tecnologia é desejada por policiais que já viram a operação.
Qual é o tempo de resposta dos drones em comparação com a polícia?
Os drones podem enfrentar um atirador em 15 segundos, enquanto a polícia geralmente leva cerca de três minutos para chegar ao local. O sistema é projetado para tornar a ideia de atacar uma escola profundamente desagradável.
Qual é o custo do projeto e como será a implementação?
O projeto-piloto será financiado com US$ 557 mil (cerca de R$ 3 milhões) e será testado em duas escolas antes da instalação completa. Cada caixa de drones custa entre US$ 9 mil e US$ 15 mil e contém de três a seis unidades, dependendo do tamanho da escola.
Por que essa iniciativa é necessária?
A iniciativa surge em resposta aos altos índices de violência armada em escolas norte-americanas. Desde 2018, a Flórida registrou mais de 60 incidentes com armas de fogo em instituições de ensino. Em 2024, os EUA tiveram 337 tiroteios escolares, resultando em 267 crianças mortas ou feridas.
Como a tecnologia se compara aos gastos atuais com segurança escolar?
A tecnologia é vista como uma alternativa econômica, custando menos que os US$ 17 bilhões gastos anualmente com segurança escolar, segundo a Casa Branca.
Onde mais será implementado o sistema de drones?
Além da Flórida, o sistema também será implementado no Texas, onde o tiroteio de Uvalde em 2022 expôs falhas na resposta policial. Naquele incidente, quase 400 agentes levaram mais de 70 minutos para neutralizar o atirador, que matou 19 crianças e dois professores.
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